British Airways vai retirar toda a sua frota de Boeing 474
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A companhia aérea britânica British Airways anunciou hoje que vai retirar toda a sua frota de Boeing 747 «com efeito imediato», na sequência da diminuição do tráfego de passageiros devido à pandemia da covid-19.

«É improvável que a nossa magnífica ‘rainha dos céus’ volte a operar serviços comerciais para a British Airways devido à diminuição de viagens causadas pela pandemia global de covid-19», informou a empresa em comunicado.

Na nota, a companhia destaca que a aeronave terá «sempre um lugar especial no coração» da empresa, mas sublinha que o objetivo é operar «voos com aeronaves mais modernas e com baixo consumo de combustível», como os novos A350 e 787, que ajudarão a «alcançar zero emissões de carbono até 2050».

A British Airways, propriedade do grupo espanhol-britânico IAG, usa aquele modelo da Boeing desde 1989 e atualmente é a maior operadora do mundo do 747-400, a segunda versão do 747 inicial.

A empresa planeava tirar de circulação 31 das aeronaves que possui até 2024, mas a pandemia de covid-19 acelerou a decisão.

Para lidar com a crise provocada pela covid-19, a BA anunciou que planeia suprimir até 12.000 empregos e vai começar a partir de 28 de julho a leiloar parte da sua coleção de arte multimilionária.

Outras companhias aéreas do Reino Unido, como a easyJet e a Virgin Atlantic, também anunciaram redução de pessoal e operações de corte.

As últimas estimativas da indústria sugerem que o fluxo de passageiros levará mais tempo para regressar aos níveis pré-pandémicos do que o inicialmente esperado.

A filial europeia do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) afirmou que não espera uma recuperação do número de passageiros até 2024.

No mês passado, o tráfego de passageiros nos aeroportos europeus caiu 93% em relação a junho de 2019.

Lusa

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