A Dinamarca levantou as restrições à mobilidade impostas a Portugal, anunciou ontem o gabinete do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
O ministério liderado por Augusto Santos Silva considera que a decisão corrobora «o reconhecimento da transparência da informação fornecida» por Portugal relativamente à evolução da situação epidemiológica».
Na nota ontem divulgada é referido que o levantamento das restrições resulta igualmente «da evidência da capacidade de resposta do nosso Serviço Nacional de Saúde, que em nenhum momento deixou de garantir acompanhamento às pessoas infetadas com covid-19».
«Reconhecem também a evolução positiva da situação epidemiológica em Portugal, nomeadamente a capacidade para testar em larga escala, detetar os casos positivos, controlar a sua transmissão e tratá-los da forma mais adequada», acentua o gabinete do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, no mesmo comunicado.
A Dinamarca junta-se à Grécia, à República Checa, à Hungria, a Malta, à Roménia, à Bélgica e aos Países Baixos, no levantamento total ou parcial das restrições, acrescenta a tutela.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 667 mil mortos e infetou mais de 17 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.727 pessoas das 50.868 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Lusa