Vinte e nove atóis, 1225 ilhas, espalhadas por mais de 400 mil quilómetros quadrados de mar. Dito assim, parece até muita coisa, não correspondesse a área de terra firme a pouco mais de 180 quilómetros quadrados.

E esta, como se não chegasse, está a encolher: com a subida do nível médio do mar causada pelas alterações climáticas, o pequeno país insular, cuja altitude média ronda os 2 metros, está a ser engolido pelo Pacífico.

Não é, contudo, a primeira vez que os marshallinos se vêm obrigados a fugir de casa – durante a Guerra Fria, os EUA largaram 67 bombas nucleares sobre um paraíso tropical chamado Atol de Bikini. Eram só detonações de teste, sim, mas os efeitos mantiveram-se até hoje – os maus e os menos maus. A área continua interdita e desconhece-se se algum dia será novamente habitada. As compensações monetárias americanas, essas tornaram-se o principal «setor» da economia.

As Ilhas Marshall têm perto de 73 mil habitantes, a maioria dos quais reside na capital, Majuro, e, apesar de ser um paraíso para quem gosta de praia e de mergulho, é um dos destinos menos visitados do mundo, com apenas 5 mil turistas por ano. O sítio certo para quem quer fugir às multidões.

Ilhas Marshall
7°05’21″N 171°22’43″E

Texto de João Mestre – Fotografias Lyla Lemari/D.R

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