Voo da euroAtlantic para Timor-Leste adiado até 17 de setembro
[Imagem: iStock]

Um voo que a companhia aérea portuguesa euroAtlantic previa realizar para Timor-Leste no domingo foi adiado até 17 de setembro, confirmou à Lusa fonte da empresa.

O voo comercial, que tem por objetivo transportar professores e cidadãos portugueses e timorenses para Timor-Leste e retirar cidadãos portugueses e de outras nacionalidades de Timor-Leste foi adiado por questões «burocráticas», disse a fonte.

O adiamento do voo, explicou, permitirá igualmente que mais passageiros cumpram todos os requisitos necessários para a viagem, inclusive o processo necessário de obtenção de testes negativos da covid-19.

Fontes envolvidas no processo explicaram à Lusa que o voo tem sido condicionado por questões como as necessárias autorizações em Timor-Leste e a definição clara do número de passageiros, especialmente por se prever o transporte de um menor número, do que inicialmente previsto, de professores portugueses.

Em declarações à Lusa na semana passada a empresa disse que o voo estava condicionado a um número mínimo de passageiros, sem referir quantos.

O voo permitirá o regresso a Timor-Leste de professores da Escola Portuguesa de Díli e do projeto CAFE (Centros de Aprendizagem e Formação Escolar) que saíram no início de abril e estão ainda sem poder regressar.

O voo foi proposto pela própria EuroAtlantic em resposta à preocupação com a falta de ligações comerciais regulares de e para Timor-Leste, suspensas indefinidamente desde final de março.

A empresa já tinha operado no início de abril um voo entre Díli e Lisboa que permitiu a saída de Timor-Leste de cerca de 150 pessoas, a quase totalidade cidadãos portugueses.

Este voo permite ultrapassar as restrições que continuam a existir em Timor-Leste e a condicionar bastante as motivações de e para a ilha, com as autoridades de aviação a manterem por tempo indefinido a proibição da realização de voos comerciais regulares ou charters.

Atualmente, apenas operam voos da Austrália, através de um acordo com a AirNorth – praticamente limitados a cidadãos australianos – e um voo quinzenal do Programa Alimentar Mundial (PAM) com acesso restrito a funcionários de embaixadas e missões internacionais, colaboradores e membros das agências das Nações Unidas.

Uma situação que torna impossível a outros cidadãos, tanto timorenses como estrangeiros, entrar ou sair do país, praticamente isolado desde março.

Timor-Leste esteve sem casos ativos entre 15 de maio e 04 de agosto, tendo nesse dia sido confirmada mais uma infeção, dado como recuperado 14 dias depois.

Em 20 de agosto, as autoridades confirmaram um novo caso e seis dias depois um outro, o que fez aumentar para 27 o número total de infetados em Timor-Leste desde o início da pandemia, dos quais 25 já recuperaram.

Atualmente, há 367 pessoas em quarentena em instalações do Governo e 129 em auto quarentena, incluindo em hotéis aprovados pelo Ministério da Saúde.

Até ao momento, Timor-Leste realizou 5.782 testes, estando 294 pessoas ainda à espera de conhecer os resultados.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa

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