Se não conseguimos aceder às maravilhas do Mundo, temos muito para descobrir entre as maravilhas de Portugal. Reservas da natureza, locais que são considerados Património da Humanidade pela UNESCO, praias que lembram as Caraíbas ou o Havai, fortificações históricas, é só escolher, de norte a sul, passando pelas ilhas. Porque ninguém nos impede de continuar a viajar.

Texto de Ricardo Santos

P A T R I M Ó N I O
Jerónimos e Torre de Belém vs Taj Mahal
O conjunto destes dois monumentos portugueses está na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como Património da Humanidade. Tanto o mosteiro como a torre são do século XVI e estão no topo dos locais históricos mais visitados de Portugal, com mais de 1,5 milhões de visitantes anuais. O mosteiro tem o nome oficial de Santa Maria de Belém, começou a ser construído no século XVI (levou quase 100 anos ser completado) e é o exemplo mais brilhante da arquitetura manuelina. Está inserido no cenário de onde partiram as naus e caravelas dos Descobrimentos e a fachada com cerca de 300 metros de extensão é um cartão-de-visita difícil de igualar. No interior, destaque para a igreja, o claustro ou o antigo refeitório dos monges Jerónimos que aqui viveram até finais do século XIX. O bilhete normal tem o valor de 10 euros, mas aos domingos e feriados até às 14h os cidadãos residentes em território nacional não pagam o que quer que seja. A vizinha Torre de Belém também tem outro nome oficial: Torre de São Vicente. Fica na antiga praia de Belém e é um ponto de encontro entre uma torre de menagem medieval e o baluarte moderno, posto de defesa com peças de artilharia. Já serviu de ponto de vigia e de masmorra, tem quatro pisos e, tal como os Jerónimos, está na lista da UNESCO desde 1983. Entrada: 6 euros (domingos e feriados até às 14h grátis para residentes em Portugal).

Taj Mahal
O mausoléu construído entre 1631 e 1648, sob ordens do imperador Shah Jahan em memória da sua mulher favorita, Mumtaz Mahal, morta no parto em 1613. É considerado a jóia da arte muçulmana na Índia. Localiza-se em Agra, no estado de Uttar Pradesh e está inserido num jardim com 17 hectares à beira do rio Yamuna. O bilhete ronda os 15 euros por pessoa (cidadãos estrangeiros), encerra à sexta-feira e prepare-se para uma boa espera até conseguir fazer a fotografia da praxe, com pouca gente no campo de visão.

P R A I A S

Galapos vs Côte d’Azur
Fica no Parque Natural da Arrábida, no concelho de Setúbal, e é surpreendente. A envolvente natural, o caminho de acesso, a primeira visão desde a estrada e o momento de chegada ao areal são fatores imbatíveis. Esta estreita faixa de areia tem mesmo ali ao lado, separada por algumas rochas, outra jóia desta coroa que são as praias da Arrábida: Galapinhos. Foi eleita a mais bonita da Europa em 2017 (participantes de 130 países escolheram-na entre 280 opções), pelo European Consumers Choice. E logo a seguir, percorrendo os trilhos, está na Praia dos Coelhos, paragem imediata nesta linha de costa antes do Creiro e do Portinho da Arrábida.
Galapos é aquela onde vai encontrar as infraestruturas de praia, bares de apoio, sombras e espreguiçadeiras. Em Galapinhos e nos Coelhos a sensação é de se estar numa paisagem sem mácula nem presença humana. Depois no areal da Arrábida já volta a haver mais oferta comercial, mas em qualquer dos casos a garantia é de praias ao nível das melhores do mundo. Não fosse a temperatura da água (média de 17ºC no verão) e nem as mais badaladas praias do Mediterrâneo, Ásia ou Caraíbas fariam frente a qualquer uma destas opções nacionais.
Mais informações: mun-setubal.pt e turismodeportugal.pt

Côte d’Azur
É uma das linhas de costa mais famosa do mundo, no litoral sul de França até à fronteira com Itália. É conhecida por Riviera Francesa e tem um historial de ser um dos locais mais exclusivos e caros do planeta. Tem como cidade principal Cannes e é partindo da cidade do cinema francês que se chega a pequenas praias e enseadas que fazem sonhar. Das várias opções, destaque para Cap d’Antibes, Plage de la Garoupe e Roquebrune- Cap-Martin, praia preferida do arquiteto Le Corbusier, que aqui projetou uma cabana de férias com 4m2.
Outras opções: L’Estagnol (Bormes-les-Mimosas), La calanque d’En-Vau (Cassis) e Notre-Dame (Porquerolles).

M O N T A N H A

Serra da Estrela vs Evereste
É a segunda montanha mais alta de Portugal e chegar ao topo dos 1993 metros não é tarefa complicada. Já chegar ao ponto mais alto do país (Pico, 2351 metros acima do nível do mar) pode ser uma aventura mais exigente, mas como os Açores já vão estar em destaque noutro “duelo” desta peça, fica a sugestão de descobrir a região da serra mais alta do continente. A Torre é o ponto de mais elevado e é facilmente acessível, até de carro em estrada alcatroada. É o que fazem milhares visitantes todos os anos, de verão e de inverno. Com a neve, há possibilidade de esqui e outras modalidades do género. Sem neve, a serra é uma surpresa para quem gosta de caminhadas na natureza. Há muito para descobrir. Loriga é uma das localidades mais procuradas da serra. Está rodeada pelas montanhas (como a Penha dos Abutres ou a do Gato), tem dois cursos de água a fazer-lhe escolta e é um belo exemplo da diversidade de opções ao longo do ano. Outro destaque é o Covão da Ametade, localizado no início do Vale Glaciário do Zêzere. Sem esquecer o Poço do Inferno, acessível apenas por caminhos estreitos e a pé. A água desta piscina natural é fria, mas retempera a alma. Uma última nota para um dos locais mais bonitos da Serra da Estrela – Vale do Rossim. No verão é praia para os visitantes; no inverno é um cenário gelado digno para as fotografias em família.
Mais informações: turismodocentro.pt

Evereste
É a aventura de uma vida, chegar ao ponto mais alto do planeta (8848 metros de altitude). O cume do Everest é o ponto de fronteira entre o Nepal e o Tibete, atualmente considerado território autónomo da China. Há duas rotas principais para alcançá-lo: pelo sudeste (Nepal) e pela face norte (Tibete). Oficialmente, os primeiros humanos a completar a subida foram Tenzing Norgay e Edmund Hillary, em 1953. Estima-se que, atualmente, uma expedição para chegar ao topo do mundo possa rondar 40 mil euros por pessoa. E nada é garantido.

E C O T U R I S M O

Açores vs Costa Rica
Nove ilhas carregadas de misticismo e beleza natural. O arquipélago português é cada vez mais um santuário da Natureza onde a sustentabilidade e um ritmo de vida mais calmo são decisivos para quem aqui quer passar férias. Nos Açores, a grande dificuldade é a escolha.
Primeiro entre grupos, depois entre ilhas. No grupo oriental, Santa Maria e São Miguel são as opções. Se, na primeira, há praias de areia branca e vinha nas encostas, já na maior ilha do arquipélago basta apontar para qualquer lado para se ser surpreendido. As lagoas, os géiseres, as águas termais, o cozido debaixo de terra, o ilhéu de Vila Franca, o encanto de Ponta Delgada, há um pouco de tudo.
No grupo central há uma mão-cheia de hipóteses: Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Graciosa. Entre elas, o mar, as baleias, os golfinhos e mil histórias sobre os canais que as ligam. História em Angra do Heroísmo, a marina e o Vulcão dos Capelinhos no Faial, a montanha mais alta de Portugal no Pico, as fajãs e o queijo em São Jorge e a beleza natural que já vai no nome da Graciosa.
Mais afastadas do continente estão Flores e Corvo, pequenas mas completas porções de terra entre a Europa e a América. Não faltam cascatas naturais, lagoas e pontos de interesse para os ornitólogos.
Os Açores são uma pérola que muitos portugueses ainda não descobriram. Este é um bom verão para o fazer, sozinho, a dois, em família ou com amigos.
Mais informações: visitazores.com

Costa Rica
É um dos destinos mais ecosustentáveis do planeta, contém cerca de 5% da biodiversidade mundial e está virado para dois oceanos: Atlântico e Pacífico. Este pequeno país da América Central (5 milhões de habitantes) tem mais de 110 vulcões, sendo que 5 deles estão ativos, com destaque para Arenal e Poas, duas atrações turísticas. É apresentado como tendo 12 diferentes microclimas, da praia às montanhas passando pela selva tropical. É casa para mais de 900 espécies diferentes de aves e 250 mamíferos. Para 2021 está traçada a meta de o país atingir a neutralidade da emissão de carbono, podendo tornar-se o primeiro da América Latina a conseguir esse feito.

S U R F

Nazaré vs Havai
Tradição, pesca, história, ondas e gastronomia. Se isto não chega para convencer alguém a visitar a Nazaré, alguma coisa estará errada. Esta vila portuguesa do distrito de Leiria faz parte da comunidade do Oeste e tem andado nas bocas do mundo. Não é de hoje a sua fama de boa anfitriã, mas o surf tem ajudado bastante a chamar gente. As ondas gigantes do famoso Canhão (o maior desfiladeiro submerso da Europa, com cerca de 170km ao longo da costa e atingindo 5000 metros de profundidade no seu ponto extremo) fizeram da Praia do Norte destino de romaria. E cenário para fotografias e vídeos impressionantes dos aventureiros que ousam escalar as paredes de água com mais de 30 metros. Mais calmas são as águas da praia da Nazaré, a menos de três quilómetros de distância. É neste areal que vai poder deparar-se com a tradição. Seja a Arte Xávega e suas redes carregadas de peixe, sejam as sete saias, os toldos de praia ou o areal em meia-lua, Nazaré mantém o seu encanto. E se há local para apreciar toda a envolvente da melhor forma é no miradouro do Sítio, um promontório com mais de 300 metros de altura, alcançável pelo ascensor.
Mais informações: cm-nazare.pt

Havai
Este arquipélago, território dos EUA, faz parte do imaginário. E não apenas dos surfistas, já que há de tudo um pouco para ver e fazer: observação de cetáceos, caminhadas, passeios de barco, património, viagens de helicóptero, festas na praia e por aí adiantes. São oito ilhas principais e vários atóis no oceano Pacífico e já foram conhecidas por ilhas Sandwich (ver a edição de maio de 2020 da Volta ao Mundo), batizadas pelo explorador James Cook.

 

N A T U R E Z A

Floresta Laurissilva vs Amazónia
Quando os navegadores portugueses chegaram à ilha, o arvoredo era tanto e tão extenso que não houve dúvidas quanto ao nome de batismo: Madeira. A floresta laurissilva é o que resta dessa floresta primitiva, com características subtropicais e húmida. Hoje representa cerca de 20% da ilha da Madeira, ocupando cerca de 15 mil hectares nas encostas viradas a Norte, tendo sido distinguida na lista de Património da Humanidade da UNESCO em 1999. O loureiro é a árvore mais representada e, já que se fala nele, convém não esquecer que é peça fundamental nas famosas espetadas madeirenses. Descobrir a Madeira pela sua diversidade natural é sempre uma boa desculpa, mas juntando a gastronomia a viagem fica ainda mais interessante. E depois há sempre muito mais para descobrir neste arquipélago. A baía do Funchal, as praias, o Pico Ruivo e uma ida ao Porto Santo são outras hipóteses em cima da mesa. A ilha vizinha tem uma das praias mais badaladas da Europa, com as suas areias terapêuticas, extensas e claras que nos remetem para paragens mais a Oeste, em direção às Caraíbas.
Mais informações: visitmadeira.pt

Amazónia
A Amazónia deve ser uma preocupação de todos nós, por mais que líderes nacionais de passagem digam o contrário. A desflorestação destes mais de 5,5 milhões de km2 está em curso há décadas, colocando em perigo mais de metade da área de floresta tropical do planeta e o maior e mais diverso ecossistema da Terra. Estima-se que a Amazónia seja composta por cerca de 400 mil milhões de árvores e plantas de mais de 16 mil espécies. Nove países têm a Amazónia nos seus territórios (Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa e Suriname) e em qualquer um deles pode ser apreciado o impacto desta floresta sem igual.

E N O T U R I S M O

Vale do Douro vs Região de Champagne
Onde é que os vinhos portugueses são inferiores aos mais famosos do estrangeiro? Provavelmente na máquina de comunicação e na dimensão do mercado, porque, de resto, dão cartas em qualquer copo. E a Região Demarcada do Douro, com os seus quase 250 mil hectares, merece destaque. Está delimitada desde 1756, foi pioneira em termos mundiais na organização de uma região vinícola e a área que a envolve é Património da Humanidade desde 2001. São muitas as opções para descobrir na região do Douro. Começando pelas vinhas, claro, uma marca única na paisagem, com os famosos socalcos a servirem de testemunha a séculos de trabalho e de superação humana. As famosas quintas da região têm provas organizadas e a possibilidade de pernoita em alojamentos locais e de enoturismo de qualidade. Fazer um cruzeiro pelo Douro é outra das hipóteses nesta viagem de descoberta, seja de apenas algumas horas ou de duas noites. E já que se está pela região, ficam duas outras sugestões: o Parque Natural do Douro Internacional e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Mais informações: roteirododouro.com

Champagne
O nome é sinónimo de requinte. E há séculos que é assim. A região de vinhos de Champagne fica no nordeste de França, a pouco mais de 160km da capital, Paris. Reims e Épernay são os centros de comercialização do produto que está presente em todo o mundo. Aliás, segundo as leis da generalidade dos países, o nome Champagne só pode ser utilizado em vinhos aqui produzidos. As principais castas são Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Em Reims, aproveite para visitar a catedral.

L A Z E R

Tróia vs Caraíbas
É uma península com mais de 25km de extensão, entre o oceano Atlântico e o estuário do rio Sado, mesmo em frente a Setúbal. É conhecida pelo areal longo e branco, pela vista para a cidade, para a serra da Arrábida (e sua incompreensível cimenteira) e para o mar, mas há mais. Além dos empreendimentos turísticos, Tróia tem também ruínas romanas para visitar. São vestígios de um complexo de salga de peixe que remontam há cerca de dois mil anos. O espaço é visitável com marcação prévia. Esta península é também o ponto de partida para a mais longa linha de praia de Portugal, estendo-se até Melides por mais de 40km.
É também por aqui que vai encontrar um triângulo gastronómico que poderia ter ainda mais lados e, logicamente, outro nome. Comporta, Carvalhal e Carrasqueira são as localidades que formam o tal triângulo, com varias opções de peixe, marisco e arrozes, não fossem estas as jóias da coroa da região. Depois, pode ainda acrescentar os vértices de Setúbal e Alcácer do Sal para chegar ao delicioso pentágono.
Mais informações:cm-grandola.pt e troiaresort.pt

Caraíbas
República Dominicana, Cuba, Jamaica, Aruba e a lista poderia continuar, quase sem fim. As Caraíbas são um paraíso para quem gosta de praia e diversão. Há destinos para vários orçamentos, dos pacotes promocionais em Tudo Incluído até ilhas privadas a preços proibitivos, só ao alcance dos ricos e famosos. Qualquer que seja o caso, as Caraíbas são garantia de sol, calor, música, rum e água quente de mar. São convidativas ao longo de quase todo o ano, com atenção dos meses de setembro e outubro, época de furacões e tempestades tropicais.

 

P A T R I M Ó N I O

Muralha de Elvas vs Muralha da China
São as maiores fortificações abaluartadas do mundo e fazem parte da lista de Património Mundial distinguido pela UNESCO desde 2012. Começaram a ser construídas no século XIII, mas apenas entre os séculos XVII e XIX ficaram com a disposição que conhecemos agora. Visitá-las é também descobrir o seu interior, com as casernas, igrejas e mosteiros. Foram projetadas por um jesuíta holandês e do conjunto faz também parte o Aqueduto da Amoreira, pensado para nunca se perder o abastecimento das unidades. O aqueduto é também ele um motivo para viajar até Elvas, com 8,5km de extensão, 843 arcos e torres com mais de 30 metros de altura. Além deste, o conjunto fortificado de Elvas inclui três muralhas medievais, uma do século XVII, os fortes da Graça e de Santa Luzia e o centro histórico da cidade, acessível desde as portas de Olivença, São Vicente e da Esquina. As muralhas foram decisivas na Guerra da Restauração (1641-1668), de forma a garantir a independência de Portugal.
Mais informações: cm-elvas.pt

Muralhas da China
É uma das maravilhas do mundo com dedo humano. Começou a ser construída há cerca de 2700 anos como forma de garantir a segurança e os territórios da região. Serviu de fronteira e portagem, estende-se por mais de 21 mil quilómetros, tem seis a sete metros de altura (14 no seu ponto mais elevado) e para ser erguida precisou de mais de um milhão de trabalhadores. Atravessa 15 regiões do norte da China e recebia perto de 50 milhões de visitantes por ano. Desde Pequim há várias empresas que organizam passeios de um dia até à Grande Muralha. Atenção, não é visível desde o espaço apesar de ser a maior construção do planeta feita por humanos.

A R T E R U P E S T R E

Foz Côa vs Grutas Lascaux
São mais de 1200 rochas gravadas com informação rupestre no Vale do Côa, identificadas em mais de 80 sítios e remontando na sua maioria há cerca de 25 mil anos. Estão situadas ao longo das margens do rio Côa, nos municípios de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel. Foram achadas em 1994 e continuam a ser o maior complexo de arte rupestre do Paleolítico Superior, ao ar livre, conhecido no mundo. As representações nas rochas de xisto são de cavalos, bovídeos, caprídeos e cervídeos, têm entre 15 e 180 centímetros, e a sua preservação foi motivo de discussão pública acalorada. Até a barragem prevista para a região ser suspensa, todos ficámos a saber que as gravuras não sabiam nadar. Yo! A entrada tem um custo de 6 euros e permite acesso a um dos testemunhos mais pungentes da presença humana em Portugal.
Mais informações: arte-coa.pt

Grutas Lascaux
Este complexo de cavernas no sudoeste de França tem pinturas rupestres que remontam há 17 mil anos. Fica em Périgord, a pouco mais de 520km de Paris, e foi descoberta em 1940. É uma obra monumental que nos dá a visão de quem nos antecedeu por cá, os seus medos e conquistas, através da representação de cavalos, veados, touros, mamutes, flechas, figuras geométricas e até uma figura humana e um rinoceronte. São mais de 1500 gravuras distinguidas como Património da Humanidade pela UNESCO em 1979. Entrada desde 20 euros.

G O L F E

Algarve vs St. Andrews
É a região de férias por excelência, mas a oferta ao longo do ano é muito mais vasta do que apenas sol e praia. O golfe é um dos motores de desenvolvimento da região e nesse campo – literalmente – o Algarve dá cartas, tendo sido já, por diversas vezes, considerado o melhor destino de golfe do mundo por diversas revistas da modalidade e agentes turísticos do meio. O clima ajuda a que possa ser praticado ao longo de todo o ano, daí a existência de cerca de 40 campos em toda a região. Além da envolvente natural, há que realçar a arquitetura destes espaços, criados por grande nomes da modalidade, como Arnold Palmer, Nick Faldo ou Henry Cotton. Do Penina Hotel & Golf Resort (primeiro campo inaugurado no Algarve) às diversas academias de golfe para principiantes, há ofertas para todos os níveis de jogadores. Recentemente, o site leadingcourses.com fez um inquérito sobre os 10 melhores campos da região portuguesa. O primeiro lugar foi para o Monte Rei Golf & Country Club, seguido do The Faldo Course (criado pelo próprio) no Amendoeira Golf Resort. O terceiro lugar do pódio ficou para o Victoria Golf Course do Dom Pedro Golf (assinado por Arnold Palmer) e as duas restantes posições do top-5 ficaram para Quinta do Lago e Vale do Lobo.
Mais informações: turismodoalgarve.pt

St. Andrews
É na Escócia que encontramos o mais antigo campo de golfe do mundo: o The Old Course, em St. Andrews. É considerada a casa desta modalidade e percorrer estes greens é passear pela história do jogo e de quem o tornou especial. Diz a lenda que é praticado por aqui desde o século XV. Este campo fica em Fife, já foi palco de duelos memoráveis e merece uma visita, se passar pela Escócia. Sendo ou não praticante da modalidade, é um local que merece respeito.

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Artigo publicado originalmente na edição de julho de 2020 da revista Volta ao Mundo, número 309.

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