A Indonésia é o país com mais ilhas no mundo – são 17 508. Tem uma das vidas marinhas mais diversas do planeta, esconde também tribos ancestrais e templos pitorescos. Há praias para quem gosta de apanhar sol, algumas das melhores ondas para surfistas, e hotéis à beira-mar para descansar.
No quarto país mais populoso do mundo, com cerca de 250 milhões de habitantes, também se encontra paz e sossego e é possível fugir ao turismo de massas. Nem sequer vê-lo, das cabanas à beira-mar aos templos religiosos. Das mais de dezassete mil ilhas, apenas seis mil são habitadas.
Na grande maioria das ilhas na Indonésia espalhadas no Sudeste Asiático, a vida ainda é sinónimo de trabalho no campo. O oposto da caótica capital Jacarta, na ilha de Java, onde há arranha-céus e autoestradas. Mas ao mesmo tempo acompanha o moderno e está preparada para receber os habituais milhões de visitantes anuais. É, também por isso, um ponto estratégico para os turistas que querem chegar às ilhas vizinhas de Sumatra e, à mais procurada, Bali.
Foi exatamente ao largo de Sumatra onde se registou o epicentro do terramoto, a 26 de dezembro de 2004. Devastou e inundou a sexta maior ilha do mundo, mas passados estes anos oferece de norte a sul condições selvagens únicas, dos grupos de orangotangos às praias, e o vulcânico Lago Toba com a maior caldeira do mundo – tem cem quilómetros de extensão por trinta de largura e é ideal para os apaixonados pelo desporto de natureza.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, com mais de 250 milhões de habitantes.
E quando se fala no turismo da Indonésia, o surf é uma das grandes fontes de riqueza com, normalmente, Bali a subir ao pódio. É tanto destino de eleição para quem quer ter um primeiro contato nas espumas, como para os que vão em busca dos spots mais concorridos. A juntar a tantos outros que, mesmo não fazendo frente às ondas numa prancha, escolhem a ilha pela sua beleza natural, pelo clima tropical ou para ir em lua-de-mel em Jimbaran, tropeçando nos templos hindus e ficando rendidos às praias de postal à frente dos resorts de luxo.
Por ano, a fasquia de turistas em Bali já ultrapassou os três milhões. Começou com os primeiros surfistas, nos anos 1970, que descobriram ondas em Kuta e Dreamland e mais tarde a «perfeita» em Padang Padang.
Hoje, o país continua a surpreender os mais curiosos que também se aventuram pelo interior das ilhas e atravessam montanhas, encontram pequenos lagos e nascentes, os arrozais muito bem cuidados pelos camponeses e o contato com tradições religiosas, danças e espetáculos – como a Legong por raparigas adolescentes -, luzes que encadeiam à noite e comida de rua a abrir o apetite. Para circular vale muito a pena recorrer a um motorista local, seja de carro ou de mota. E é sobre duas rodas que uma grande parte da população prefere deslocar-se, de fabrico japonês ou coreano, com ou sem capacete, sozinhos ou com a família toda. O trânsito para além de ser uma autêntica confusão, conduz-se pela via da esquerda e há poucas indicações e demasiados peões a tentar atravessar.
A não perder entre Bali e Lombok e ligadas por speed boats estão as Ilhas Gili: três muito pequenos tesouros, que têm explodido em população e turistas. Os visitantes procuram as praias de areia branca e a água azul-turquesa, onde jovens passeiam em pranchas de stand-up paddle e caiaques, fazem mergulho e espreitam o fundo de corais às cores.
De volta a Java, é lá que descansa o imperdível Borobudur – o maior templo budista do mundo –, erguido durante os anos 700 e 800 depois de Cristo. De beleza preservada e cuidada como foi pensado há 1200 anos, sobem-se dezenas de degraus até ao topo, a 35 metros de altura, rodeado por 360º de verde.
Indonésia
Moeda: Rupia Indonesia (IDR)
Quando ir: De abril a setembro o clima é ameno
Língua: Bahasa Indonesia (oficial)