O modelo e apresentador fala-nos das suas viagens, da família na Argentina e dos cinco lugares que mais gostou de conhecer.

Texto Redação VM
Fotografias Instagram @ruben_rua


Entrevista publicada na edição de outubro de 2019 da revista Volta ao Mundo, número 300.

Como modelo, viajaste por todo o mundo, contactando com diversas culturas. Que cidades e países mais te marcaram?
R.R – Sem dúvida foram anos de grande crescimento profissional e pessoal. Tive uma oportunidade única que tentei sempre absorver ao máximo nas suas mais variadas vertentes. Paris, Londres ou Nova Iorque são nomes incontornáveis, mas Tóquio representa uma memória muito especial. O contraste cultural é enorme. É uma cidade absolutamente fantástica, onde a história e a modernidade estão de mãos dadas e onde a simpatia e o respeito do povo japonês tornam todos os momentos inesquecíveis. Estive dois meses no Japão e anseio regressar.

Que tipo de viagens mais gostas de fazer?
R.R – Não consigo definir um estilo. Tanto desejo estar no melhor resort das Maldivas como preciso de viajar pela Índia de mochila às costas. Tenho uma curiosidade infinita e gostava de ter a sorte e a capacidade de durante o meu tempo de vida conhecer o mundo, literalmente. Existem momentos e estados de alma que nos fazem viajar de uma forma ou de outra, para este ou para aquele sítio.

Essa forma como encaras a vida é diferente daquela que tinhas no início da carreira?
R.R – Viajar alarga os nossos horizontes. Dá-nos uma noção do mundo, da vida e do valor das coisas que nos moldam e nos mudam. Mesmo uma viagem que corra menos bem enriquece a nossa história. Porque no fim de contas são as histórias que ficam e as viagens são muitas vezes as mais interessantes e inesquecíveis. É também uma necessidade. Os meus pais sempre se esforçaram para que eu conseguisse ver «mais mundo para lá do mundo», através de viagens de família ou de campos de férias internacionais. Tenho a sorte de, por motivos profissionais, viajar muito; o que não substitui uma viagem de férias para esse tal «desligar». São coisas diferentes e eu tento sempre equilibrar os dois mundos. Hoje, já não passo um ou dois meses noutro país como passava nos anos em que viajei como modelo. Ainda assim, consigo fazer viagens até três semanas, sensivelmente.

«Hoje já não passo um ou dois meses noutro país como passava nos anos em que viajei como modelo.»

Sei que costumas fazer uma grande viagem todos os anos. Lembro-me de Buenos Aires, onde tens família. O que recomendas conhecer por lá?
R.R – Visitei a Argentina em 2013, fui sozinho com o objetivo de conhecer a família há muito emigrada e que nunca tinha visto. Foi uma viagem mais emocional e afetiva. Buenos Aires é uma cidade incrível que merece visita. Uma mistura de Madrid com América do Sul. Confesso que gostava de voltar e ir mais para sul, até El Calafate e Ushuaia.

Também estiveste recentemente no Oriente com a tua irmã. No que difere viajar com alguém tão próximo?
R.R – Foram três semanas de mochila às costas entre a Índia e o Nepal. Uma viagem exigente desde Deli até Kathmandu. Tornamo-nos ainda mais próximos, mais cúmplices e mais companheiros. Acredito que essa viagem lançou os dados para em breve iniciarmos a nossa empresa. Nada acontece por acaso, não é assim?

Que cinco lugares mais gostaste de conhecer até hoje. E porquê?
R.R – Tóquio, pela diferença cultural, a organização e o civismo que já referi; Nova Iorque, por ter a sensação única de estar dentro de um filme e por ser, de facto, a cidade mais incrível do mundo; A Índia, por ser única e ser tudo ao mesmo tempo; Os fiordes da Noruega, pela beleza de cortar a respiração; o Brasil… é impossível alguém ficar indiferente a uma cidade como o Rio de Janeiro; Itália, de uma forma geral… A costa de Amalfi foi a última viagem que fiz e é mesmo apaixonante. E podíamos continuar desde Ibiza até ao Camboja… Como gosto de viajar!

Por falar do gosto de viajar, que é partilhado com a equipa da Volta ao Mundo, que tens a dizer da revista e o que gostarias de ver mais na VM?
R.R – Já conhecia e, por ser um viajante tão apaixonado, é uma revista pela qual me interesso particularmente. Talvez uma maior aposta no digital, que é um desafio real e global, a criação de mais vídeos e podcasts. Sky is not the limit.

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