Porto de Galinhas procura recuperar o que foi perdido com a pandemia (Foto: Pixabay)

Portão de entrada no Brasil colonial português dos escravos vindos de África, a praia de Porto de Galinhas, no estado de Pernambuco, era uma das mais procuradas do país por turistas nacionais e estrangeiros. A economia local não resistiu aos efeitos da pandemia de covid-19 e tal traduziu-se no esvaziamento repentino de centenas de espaços comerciais e hoteleiros, que ficaram à míngua de clientela.

No entanto, passos lentos estão a ser dados para que Porto Galinhas volte ao que era. E os empresários dão o principal exemplo de resiliência.

De acordo com o site brasileiro UOL, para recuperar, pelo menos em parte, o que foi perdido abruptamente, os agentes turísticos locais apostaram na reinvenção e na promoção. Parcerias com mais de 3.000 agentes de viagens procuram estimular a procura. E vários hotéis aproveitaram a paragem forçada para iniciarem trabalhos de recuperação e remodelação.

“Desde o início da pandemia temos feito ações que garantem que o turista venha para o nosso litoral com segurança”, revelou Célia Sales, prefeita [presidente da Câmara] do município de Ipojuca, a que pertence Porto de Galinhas.

Foto: Pixabay

Desde o passado mês de julho que a economia de Porto de Galinhas relacionada com o turismo tem observado pálidos sinais de recuperação. Mas foi em outubro que se começaram a verificar sinais dignos de registo, com mais pessoas a acorrerem à estância.

Ainda segundo o site UOL, Porto de Galinhas ficou no top-5 dos locais brasileiros mais desejados para viajar no pós-pandemia, de acordo com um estudo levado a cabo pela Omnibees, plataforma que sinaliza sistemas de reservas de hotel. Um sinal forte de que as coisas poderão voltar a ser como eram e que o turismo regressará em massa a curto ou médio prazo.

Porto de Galinhas deve o nome aos navios que transportavam africanos que lá eram descarregados escondidos após uma longa viagem transatlântica escondidos por entre carregamentos de galinhas de Angola. Foi o principal local de comércio de escravos no Nordeste brasileiro durante mais de três séculos.

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