Prática de desportos de inverno não é unânime entre os países da União Europeia (foto Pixabay)

Os países da União Europeia estão divididos quanto ao encerramento das estâncias de inverno durante o período de Natal para evitar focos de contágio de covid-19.

A Áustria insurgiu-se contra a medida proposta por França, Itália e Alemanha e já anunciou que não colocará entraves à abertura de centros de esqui, os quais geram uma receita anual na ordem dos 15 biliões de euros, nomeadamente no próximo dia 24.

“A nossa perspetiva é que as taxas de infeção vão baixar, daí ser possível um Natal digno e com desporto ao ar livre”, declarou o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, citado pela Agência France Press (AFP).

Igual posição têm Espanha e Bulgária. Madrid anunciou que os resorts de inverno não irão encerrar. No entanto, há a possibilidade de tal acontecer se os governos regionais entenderem o contrário, dependendo da evolução do número de casos de covid até ao Natal. Já Sófia garantiu que as três maiores estâncias do país – Bansko, Pamporovo e Borovets – funcionarão normalmente, assim com hotéis e casas de turismo. Apenas os restaurantes têm ordens para não abrir portas.

Apesar da oposição de Paris, Roma e Berlim, que preferiam uma posição conjunta, a Comissão Europeia (CE) instruiu cada país membro a adotar as medidas que acharem convenientes para lidarem com a questão dos centros de esqui, deixando a cada um deles a decisão de os manter ou não em atividade.

“É uma questão de competência nacional”, referiu Stefan de Keersmaecker, porta-voz da CE.

A Alemanha, porém, entende que a suspensão deve vigorar até janeiro de 2021 e que a decisão deve ser tomada de forma uniforme por todos os países da UE.

A França concorda e já proibiu desportos de inverno. O Presidente da República, Emmanuel Macron, avisou mesmo que serão tomadas medidas para travar a ida de franceses para estâncias de países vizinhos.

Já o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, apelou à criação “um protocolo comum europeu”.

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