Há 83 maravilhas naturais ameaçadas (Foto: Pixabay)

Há cada vez obras-primas da natureza em risco e a culpa é das alterações climáticas.

O alerta está expresso num relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que concluiu que cerca de um terço dos 252 sítios naturais classificados como Património Mundial pela Unesco encontram-se ameaçados pelas alterações climáticas, que destronam as espécies invasoras e exógenas no topo dos perigos para estes espaços naturais excecionais.

A Grande Barreira de Coral, a maior estrutura criada por organismos vivos na Terra, ameaçada pelo aquecimento do oceano e pela acidificação das águas, mantém-se na lista dos sítios classificados como “críticos”, bem como áreas protegidas do México no golfo da Califórnia, segundo a IUCN, que reúne mais de 1.400 organizações e governos.

No total, são 94 sítios que atualmente correm riscos significativos ou críticos, devido a fatores como o turismo, caça, incêndios, poluição aquática, mais 32 do que quando da publicação do relatório anterior, deste género, em 2017.

Cerca de um terço dos locais corre risco significativo e estima-se que 7% esteja agora num estado crítico que significa que são necessárias medidas urgentes de conservação suplementares e em grande escala para serem salvos.

As alterações climáticas representam um risco muito elevado ou elevado para 83 dessas maravilhas naturais.

O relatório “revela as transformações que as alterações climáticas provocam nestes sítios naturais classificados”, do degelo dos glaciares ao branqueamento dos corais, passando por secas e incêndios, “cada vez mais frequentes e mais graves”, sublinhou o diretor geral da UICN, Bruno Oberlé.

Apesar de todos os perigos que ameaçam estes locais de exceção, a UICN encontrou oito que registaram uma melhoria desde 2017.

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