Machu Picchu esteve cinco dias fechado devido a protestos de moradores contra as empresas ferroviárias que prestam serviço na região. (Foto: AFP/Ernesto Benavides)

A cidadela inca de Machu Picchu, localizada na região peruana de Cusco, reabriu este sábado.

O histórico monumento esteve cinco dias fechado devido a protestos de moradores das localidades de Machu Picchu e Ollantaytambo contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região.

A suspensão dos protestos e dos bloqueios foi decidido pelas comunidades da região de Cusco, após reuniões com o Executivo e as empresas ferroviárias, apesar de não terem chegado a um acordo sobre as reivindicações, disse à agência AFP Oscar Valencia Aucca, representante da Frente de Defesa dos Interesses de Machu Picchu.

“Foi feita uma assembleia geral e considerou-se conveniente dar uma pausa aos protestos até 12 de janeiro de 2021 para que se proponha uma greve geral e continuar reivindicando”, afirmou Valencia Aucca.

O bloqueio das vias férreas ocorreu na última segunda-feira, motivado por protestos da população, que reclama tarifas mais baratas e uma frequência maior de comboios na rota entre Cusco e Machu Picchu às duas empresas que prestam serviço na região, Inca Rail e Perú Rail.

O comboio é o único meio de transporte dos turistas que visitam a cidadela, mas também é muito utilizado por moradores da região.

As manifestações começaram pacificamente, mas se intensificaram com a ocupação da estrada, confrontos com a polícia e ameaças de ocupação da cidadela.

(Foto: AFP/Ernesto Benavides)

Machu Picchu (‘Velha Montanha’ na língua quéchua) foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1983. Em 2007, foi escolhida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

A mítica cidadela, construída no século XV, colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século passado. O local foi descoberto pelo explorador americano Hiram Bingham em julho de 1911, embora alguns locais soubessem de sua existência.

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