A cidadela inca de Machu Picchu, localizada na região peruana de Cusco, reabriu este sábado.
O histórico monumento esteve cinco dias fechado devido a protestos de moradores das localidades de Machu Picchu e Ollantaytambo contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região.
A suspensão dos protestos e dos bloqueios foi decidido pelas comunidades da região de Cusco, após reuniões com o Executivo e as empresas ferroviárias, apesar de não terem chegado a um acordo sobre as reivindicações, disse à agência AFP Oscar Valencia Aucca, representante da Frente de Defesa dos Interesses de Machu Picchu.
“Foi feita uma assembleia geral e considerou-se conveniente dar uma pausa aos protestos até 12 de janeiro de 2021 para que se proponha uma greve geral e continuar reivindicando”, afirmou Valencia Aucca.
O bloqueio das vias férreas ocorreu na última segunda-feira, motivado por protestos da população, que reclama tarifas mais baratas e uma frequência maior de comboios na rota entre Cusco e Machu Picchu às duas empresas que prestam serviço na região, Inca Rail e Perú Rail.
O comboio é o único meio de transporte dos turistas que visitam a cidadela, mas também é muito utilizado por moradores da região.
As manifestações começaram pacificamente, mas se intensificaram com a ocupação da estrada, confrontos com a polícia e ameaças de ocupação da cidadela.
Machu Picchu (‘Velha Montanha’ na língua quéchua) foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1983. Em 2007, foi escolhida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
A mítica cidadela, construída no século XV, colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século passado. O local foi descoberto pelo explorador americano Hiram Bingham em julho de 1911, embora alguns locais soubessem de sua existência.