Solo português proibido a britânicos devido à nova estirpe da covid-19 (Foto: Pixabay)

As restrições à entrada de viajantes do Reino Unido devido à nova estirpe do vírus da covid-19 está a preocupar as entidades turísticas do Algarve e da Madeira.

Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), teme que a medida pode colocar em causa a recuperação turística a partir da Páscoa. E Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo da Madeira, considera que o impacto vai ser “grande”, tendo em conta os milhares de visitantes previstos no Natal e Fim do Ano.

Para Elidérico Viegas, apesar de os hotéis e empreendimentos turísticos do Algarve esperarem uma recuperação “muito mais lenta e que duraria sempre três a quatro anos”, o “surgimento da vacina” permitia pensar numa “retoma a partir da Páscoa, no início da época turística”, até porque o Reino Unido é o “maior fornecedor de turistas” da região “e foi o primeiro país europeu que adotou a vacinação em massa”.

Em declarações à agência Lusa, Eduardo Jesus explicou que durante todo o mês de dezembro estava prevista a chegada ao arquipélago de 21.300 visitantes provenientes do Reino Unido, através das várias companhias aéreas que servem esta rota, pelo que, “naturalmente, o impacto será muito grande no Natal e no Fim de Ano”.

No entanto, para o responsável algarvio “esta nova estirpe ou variante pode estar a colocar em causa esta retoma porque não sabemos quais são os efeitos que poderá ter e até que ponto vai afetar a questão da vacinação.”

Já para o secretário regional do Turismo do Governo da Madeira, “o aparecimento desta variante da covid fez estremecer a confiança dos decisores e lançou um alarme e um pânico, o que produziu efeitos económicos devastadores”.

Contudo, Eduardo Jesus destacou que “a Madeira não depende apenas do mercado inglês para a operação do Fim do Ano”, um dos principais cartazes turísticos da região.

A restrição teve início às 0.00 horas desta segunda-feira e foi decretada na sequência da evolução epidemiológica no Reino Unido, onde foi identificada uma variante mais contagiosa do novo coronavírus.

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