O Museu do Louvre, em Paris (França), sofreu uma queda no número de visitantes de mais de 70% no ano passado.
Aquele que é o maior do museu do mundo sofreu com as restrições sanitárias motivadas pela pandemia de covid-19, com perdas anunciadas de receitas na ordem dos 90 milhões de euros em relação a 2019, referiu a agência AFP.
Fechado durante seis meses, o Louvre viu o número de visitantes descer para 2,7 milhões em 2020. Em 2019 havia chegado aos 9,6 milhões, e em 2018 aos 10,2 milhões, naquele que foi um ano recorde.
Os estrangeiros, nomeadamente dos Estados Unidos, China, Japão e Brasil, que costumam representar três quartos do total das visitas, praticamente não entraram no Louvre em 2020, sobretudo durante os meses habitualmente movimentados de verão.
O museu conseguiu limitar os danos com a exposição de Leonardo da Vinci, que atraiu 1,1 milhão de visitantes e terminou antes do primeiro confinamento em França, na primavera.
Também usou o período de inatividade para impulsionar a oferta digital, com o número de assinantes online a crescer para 9,3 milhões e o site louvre.fr a registar 21 milhões de acessos.
Outra das formas de arrecadar receita foi a distribuição mundial do documentário “Uma Noite no Louvre: Leonardo da Vinci”, destinado às salas de cinema, e “Licitação para o Louvre”, que chegou aos 2,4 milhões de euros através do leilão de obras de artistas vivos e de “experiências únicas”.
Já o concerto de Ano Novo transmitido ao vivo pelo DJ e compositor David Guetta, parte de uma campanha de arrecadação de fundos, atraiu 16 milhões de visualizações.