Chipre acolhe navios de cruzeiro impedidos de cruzar os mares devido à pandemia (Foto: Pixabay)

Seis navios de cruzeiro estão atracados há nove meses ao largo da pequena aldeia de pescadores de Moni, em Chipre. Uma companhia inesperada que se tornou atração local.

Em março do ano passado, Chipre foi dos primeiros países a impor um bloqueio rigoroso às entradas e saídas do país em virtude da pandemia de covid-19. Os portos e aeroportos foram encerrados e a ilha ficou praticamente isolada.

No entanto, poucos meses depois o Governo cipriota autorizou que navios de cruzeiro entrassem nas águas territoriais para reabastecimento e ancoragem.

A Carnival, uma das maiores operadoras de cruzeiros do Mundo, aceitou a oferta, e os seus navios de luxo estão ancorados em maio ao largo de Moni, que não chega aos 400 habitantes.

Em contrapartida, Chipre ganha 120 mil euros em taxas para hospedar os seis gigantes do mar.

“Os navios estão presos em Moni porque não têm para onde ir. Não há negócios no momento”, explica Marios Chrysanthou, capitão da vizinha marina de Saint Rafael, usada para reabastecer e trocar as tripulações em quarentena.

Entre os navios encalhados está o Enchanted Princess, de bandeira das Bermudas, um navio de cruzeiro de classe real construído em 2020 com 19 conveses e medindo quase 330 metros (1.082 pés) de comprimento.

Equipes especiais fazem manutenção dos navios, incluindo do Seabourn Quest, com bandeira das Bahamas, que, de acordo com o site da Marine Traffic, chegou de Gibraltar em 8 de maio.

A Carnival disse que sua linha de navios de cruzeiro Princess parou de navegar nos Estados Unidos e na Europa até meados de maio, e a Seabourn interrompeu alguns de seus serviços até novembro.

A pandemia viu Chipre, país cuja economia depende altamente do turismo, passar de um recorde de chegadas de turistas em 2019 para um dos piores anos de sua história, com o número de visitantes a cair 84%.

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