Os habitantes de Paris aproveitaram o último dia antes do novo confinamento para saírem da cidade em direção a zonas mais tranquilas de França.
O bloqueio será mais limitado do que os dois anteriores impostos o ano passado e permite, por exemplo, exercício ao ar livre ou escolas abertas. Mesmo assim, uma parte significativa de Paris preferiu outras paragens e deixou a capital gaulesa com um cenário desolador.
As filas de trânsito nos arredores de Paris estenderam-se por impressionantes 400 quilómetros, com as vias de saída da cidade a serem as mais afetadas.
Os destinos preferidos foram a Bretanha, a costa sudoeste do Atlântico e ainda Lyon, no sudeste, onde as restrições são mais suaves.
Um porta-voz da operadora ferroviária nacional SNCF disse à agência AFP que os comboios para tais localizações lotaram. Na estação de Montparnasse, a confusão foi mesmo muita.
Antes do fecho total, que ocorreu à meia-noite deste sábado, as ruas comerciais encheram-se de pessoas, com cabeleireiros, livrarias e lojas de alimentos entre os mais procurados.
Lojas não essenciais estão agora fechadas e as viagens também não são autorizadas, exceto para negócios essenciais.
De acordo com uma sondagem da Odoxa para jornal “Le Figaro” e a rádio “France Info”, apenas 56 por cento dos residentes nas áreas afetadas planeiam obedecer às novas regras.
O ministro da Saúde francês, Olivier Veran, expressou confiança de que os novos confinamentos regionais sejam os últimos, com a situação favorecida pelo início da primavera e pela campanha de vacinação.