Os aeroportos dos Estados Unidos já apresentam números próximos da média pré-pandemia, com os checkpoints a chegarem diariamente ao milhão de passageiros há mais de duas semanas consecutivas.
Trata-se da maior retoma prolongada durante a pandemia, apesar de os números ainda estarem 37% abaixo do mesmo período no ano passado, de acordo com a Administração da Segurança nos Transportes dos Estados Unidos.
A maior procura de viagens tem sido para deslocações domésticas e internacionais de baixo curso, com a companhia aérea American Airlines a referir que a sua média de reservas a sete dias (novas viagens menos cancelamentos) estava a 90% das reservas em relação a 2019.
A empresa disse que as reservas devem continuar durante o segundo trimestre de 2021, que começa esta quinta-feira, esperando que nessa altura todos os aviões estejam ao serviço depois de centenas terem parado durante a pandemia.
Outras companhias aéreas norte-americanas, como a Delta ou a Southwest, reportaram que as reservas começaram a crescer em meados de fevereiro, com a procura de gasolina a subir, dado que mais americanos viajam de carro.
O Bank of America também sinalizou que a recuperação das viagens de lazer está agora “a todo o vapor”.
Apesar dos sinais otimistas, os responsáveis de saúde pública norte-americana repetiram as preocupações de que as viagens irão espalhar o coronavírus à medida que o número de infeções reportadas cresce no país.
Foi mesmo feito um apelo renovado para as pessoas evitarem viagens e serem vacinadas, partilhando um sentimento de “desgraça iminente”, sugerindo que os casos poderiam subir exponencialmente nos Estados Unidos, tal como aconteceu na Europa.
O que estamos a ver agora são mais viagens do que vimos durante a pandemia, incluindo nos períodos de Natal e ano novo”, a que se seguiram aumentos de novos casos, disse a responsável.
Os casos de covid-19 aumentaram 18% nas últimas duas semanas nos Estados Unidos.
