A cidade muralhada de Shali, num oásis egípcio, ganhou uma nova vida depois de dois anos de restauro.
Construída no século XIII por tribos berberes, a fortaleza de Shali, erguida no centro do oásis de Siwa, a 300 quilómetros do Mar Mediterrâneo, não resistiu à erosão, às inundações e ao abandono a que foi sujeita no último século, acabando por ser reduzida a ruínas grande parte dos edifícios.
A cidadela ganhou uma nova vida com a obra de conservação e restauro iniciada em 2018, num esforço conjunto da União Europeia e da empresa privada Environmental Quality International (EQI).
O projeto foi concluído em novembro do ano passado e a cidade ficou pronta a receber os visitantes que se aventurem a atravessar o deserto. Ali encontra-se a mesquita mais antiga do mundo construída com karshif, uma espécie de barro feito à base de lama e sal do lago de Siwa, tradicional da região. Este material atuava como um isolante natural, que protegia do sol abrasador do deserto.
Além de apreciar a arquitetura da revitalizada Shali, num oásis conhecido pelas suas mais de 300 nascentes e riachos de água doce, abundante em palmeiras, tâmaras e oliveiras, há ainda para conhecer os poços de água quente, o antigo Templo do Oráculo, a Montanha dos Mortos e muitos outros tesouros.
A única maneira de chegar a Siwa é fazendo o percurso de carro, através do deserto, ou em autocarros turísticos que fazem ligação a cidades como o Cairo ou Alexandria.