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O Ramadão já não é o que era no Dubai

Com uma população maioritariamente estrangeira, o Dubai liberalizou regras religiosas (Foto: PIxabay)

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Os restaurantes do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, já não precisam de proteger os transeuntes da visão de comida durante o jejum do Ramadão, tal como aconteceu desde sempre.

A decisão foi tomada pelas autoridades do emirado, onde esta terça-feira teve início o mês sagrado muçulmano.

“Os restaurantes podem escolher se querem, ou não, colocar cortinas ou cobrir as montras para servir comida durante o jejum”, explicou, em comunicado, o Departamento de Desenvolvimento Económico do Dubai

Anteriormente, era exigido a restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação que colocassem cortinas e biombos durante o Ramadão.

A nova medida ocorre numa altura em que Dubai procura revigorar a economia abrindo as portas aos turistas e acomodando 90% da sua população, que é estrangeira, muitos deles não muçulmanos.

Conhecido pelas ilhas em formato de palmeira, hotéis luxuosos decadentes e cenário de festas amigável ao Instagram, o Dubai foi um dos primeiros destinos a reabrir ao turismo no ano passado, procurando captar visitantes que escapavam das rígidas restrições à Covid-19 noutros países.

Os Emirados Árabes Unidos, uma das nações do Golfo com a mente mais aberta, renovaram no final do ano passado várias leis de liberalização social, projetadas para imprimir uma marca progressista.

Entre elas, constam o levantamento da proibição de não casados ​​morarem juntos, a flexibilização das restrições ao consumo de álcool e a descriminalização do suicídio.