O Vanuatu, pequeno país da Oceânia que registou até ao momento apenas três casos de covid-19, impôs restrições às viagens para a sua ilha mais populosa por um motivo insólito e misterioso.
Exames realizados a um corpo que deu à costa deste arquipélago do Oceano Pacífico revelaram que o cadáver estava infetado com o novo coronavírus.
Trata-se de um marinheiro filipino cujo navio havia saído de Port Vila, capital do Vanuatu, um dia antes do corpo ser encontrado nas proximidades de uma pequena aldeia a cinco quilómetros da cidade, no último domingo, 11 de abril. Como ali foi parar, é o que está a intrigar toda a gente.
Os restantes tripulantes da embarcação e as autoridades envolvidas na remoção dos restos mortais realizaram testes à covid-19 e todos deram negativo.
Devido a esta situação, o Governo de Vanuatu ordenou a proibição de todas as viagens domésticas e internacionais em Efeté, ilha onde se localiza Port Vila e se concentra grande parte da população.
Em fevereiro último, quando apenas tinha registado um único caso de covid-19 em um ano de pandemia – um cidadão local infetado após uma viagem aos Estados Unidos – o Vanuatu anunciou a reabertura cautelosa das movimentações turísticas.
Foram então anunciadas para o presente mês abril viagens seguras para a vizinha Nova Caledónia, país do Pacífico igualmente considerado de baixo risco. O Fiji também foi equacionado como destino e proveniência.
O programa foi batizado de “Bolha Tamtam”, em homenagem ao nome do tambor dos países da Melanésia utilizado como meio de comunicação.
O Vanuatu é um arquipélago da Melanésia, no Pacífico Sul, composto por 83 pequenas ilhas, boa parte delas de origem vulcânica, e conta com uma população de cerca de 300 mil pessoas.
Após ser colónia com administração conjunta do Reino Unido e de França, tornou-se independente em 1980.
O navegador português Pedro Fernandes de Queirós foi o primeiro europeu a tomar contacto com o território, em 1606.