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As novas regras para escalar o ponto mais alto do Mundo

Evereste prepara-se para receber os primeiros escaladores quase um ano depois (Foto: Pixabay)

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O Nepal divulgou novas regras de escalada para o Evereste.

O objetivo é conter a aglomeração de pessoas no pico mais alto do Mundo, numa altura em que se aproxima o início da temporada de subidas e em que é esperado número recorde de escaladores.

De acordo com as novas regras, um determinado número de montanhistas, com base no número de licenças emitidas para a escalada, poderá subir o Evereste na primeira janela meteorológica, depois das cordas e escadas serem fixadas no topo.

Um segundo grupo especificado poderá chegar ao cume na segunda janela meteorológica, e assim continuará sucessivamente até que o tempo esteja favorável.

“Caso esse plano não funcione, as equipas de expedição têm flexibilidade para coordenar e organizar a escalada. O número não deve exceder as 170 pessoas por dia”, indica a nova diretriz da Secretaria do Turismo do Nepal.

Até agora, o maior número de pessoas a chegar ao topo do Evereste num único dia é de 354, das quais 212 escalaram pela face nepalesa da montanha, na temporada de maio de 2019, segundo os dados do Guiness Book World of Records.

“Com base na tendência atual, estimamos aproximar-nos dos 400 escaladores” nesta temporada, indicou a diretora do Departamento do Turismo, Mira Acharya, citada pela agência espanhola EFE.

Em 2019, o Governo nepalês emitiu 381 autorizações para escalar o Evereste, um número recorde até agora, causando congestionamentos no caminho para o local mais alto do Mundo.

Esta é a primeira temporada de subidas desde 2019, devido ao encerramento da montanha em 2020 devido à pandemia de covid-19.

Até ao momento, já foram emitidas licenças de escalada para 377 pessoas, às quais, se for acrescentado pelo menos um guia para cada escalador, os organizadores preveem quase 800 pessoas que tentam chegar ao topo do mundo.

Na opinião do presidente da Associação de Operadores de Expedição, Dambar Parajuli, as novas regras “em termos práticos, não são implementáveis.”

“O afluxo de escaladores é viável sempre que esteja bom tempo. Mas numa situação em que o Evereste abre durante menos de uma semana, vai haver sempre engarrafamentos. Todos querem escalar porque pagaram por isso. O dinheiro não é reembolsável”, vincou.

Alcançar o ponto mais alto da terra custa entre 35 a 90 mil dólares (29 a 75 mil euros) por pessoa, dependendo do grau de apoio que o escalador precise em termos de guias e mantimentos.

Este valor inclui o custo da licença de escalada de 11 mil dólares (9 mil euros) por pessoa.