A presidência portuguesa da União Europeia (UE) pediu ao Parlamento Europeu para que nas próximas semanas avance no sentido de um “compromisso comum” relativamente ao certificado verde digital.
“Aguardamos com expectativa o início das negociações o mais rapidamente possível para que o sistema possa estar pronto para o verão”, declarou a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.
Falando em representação da presidência portuguesa do Conselho Europeu num debate sobre o certificado verde digital, a governante vincou que a criação deste documento comprovativo da recuperação, testagem ou vacinação anticovid-19 “daria um sinal forte aos cidadãos do compromisso comum de fazer com que a Europa se mova novamente.”
Ainda assim, “temos de ser cautelosos e gerir as expectativas dos cidadãos à luz da rápida evolução da situação epidemiológica, em particular no que diz respeito à abordagem de variantes preocupantes.”
Em causa está a proposta legislativa apresentada pelo executivo comunitário em meados de março relativa à criação de um certificado digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da covid-19, um documento bilingue e com código QR que deve entrar em vigor até junho para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão.
Em meados de abril, os Estados-membros da UE aprovaram um mandato para a presidência portuguesa do Conselho negociar com o Parlamento Europeu a proposta de implementação deste certificado verde digital.
A Comissão Europeia considera haver uma “réstia de esperança” sobre a retoma do turismo na UE este verão, vincando que “quanto mais rápido a vacinação avançar, maior será a probabilidade de haver férias.”
Numa altura em que 9% dos cidadãos adultos europeus da UE já receberam as duas doses da vacina e 24,3% a primeira, Bruxelas acredita que 70% da população adulta poderá ser vacinada até meados de julho.