O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou um projeto de melhoria da conservação da biodiversidade, gestão ambiental da terra e dos recursos naturais de São Tomé e Príncipe.
A iniciativa da ONU tem duração de cinco anos e meio e está avaliada em 3,4 milhões de euros.
“Mesmo com os impactos sanitários e financeiros da pandemia da covid-19, não podemos dar ao luxo de não nos preocuparmos com a natureza neste momento”, explicou Katarzyna Wawiernia, representante do PNUD.
“O custo de não o fazer, tanto em termos de saúde económica como planetária é muito maior”, reforçou.
Estudos ONG Oikos apontam que a construção de infraestruturas e empreendimentos agrícolas, práticas de pequena agricultura familiar e exploração de forma insustentável de produtos florestais não lenhosos estão a ameaçar a biodiversidade e o ecossistema do arquipélago são-tomense.
“Na terra e no mar de São Tomé e Príncipe existe uma imensa riqueza natural que tem de ser protegida”, advertiu Katarzyna Wawiernia, adiantando que “o consumo insustentável e o crescimento demográfico acentuáveis exercem uma pressão excessiva sobre o território e os recursos naturais.”
O projeto visa fortalecer as capacidades e estruturas nacionais de gestão da biodiversidade e dos recursos naturais, planeamento integrado de uso de terra e melhorar a gestão das áreas protegidas.