Um navio de cruzeiro atravessou a histórica Veneza, em Itália, pela primeira vez em 17 meses.
Foi o primeiro grande sinal do retorno dos turistas à cidade após a pandemia. O MSC Orchestra chegou vazio do porto grego de Pireu e este sábado, dia 5, recolheu 650 passageiros em Veneza antes de seguir para o sul em direção a Bari (Itália), Corfu (Grécia), Mykonos (Grécia) e Dubrovnik (Croácia).
Os números a bordo foram limitados pelas restrições motivadas pela covid-19 a uma fração da capacidade usual do navio, cerca de 3.000 passageiros. Só embarcou quem apresentou testes negativos à covid.
O regresso do turismo a Veneza não está isento de polémica. Duas manifestações, uma a favor dos cruzeiros e outra contra, marcaram o dia e assinalaram as divisões entre os que defendem a presença em massa de turistas e os que a contestam.
Defensores da causa ambiental alertaram que as grandes ondas causadas pelos navios de cruzeiro estão a prejudicar as fundações dos edifícios da cidade, que é Património da Humanidade da UNESCO.
Celebridades e figuras culturais, incluindo o cantor Mick Jagger e o realizador de cinema Francis Ford Coppola, pediram o fim da passagem de grandes navios.
O Governo italiano garantiu em março que os cruzeiros não passariam mais pela icónica Praça de São Marcos e seriam desviados para o porto industrial de Veneza.
No entanto, a infraestrutura ainda não está pronta para que isso aconteça.