A orla costeira de Liverpool, banhada pelo rio Mersey, deixa de ser Património Mundial (Foto: Pixabay)

A UNESCO votou a favor da retirada da orla de Liverpool da lista de locais Património Mundial.

A agência da ONU justificou a decisão citando preocupações com as obras previstas para cidade, nomeadamente um novo estádio de futebol.

A consequência foi a remoção da lista do Liverpool Maritime Mercantile City do conjunto exclusivo de pontos considerados Património Mundial.

Os delegados da UNESCO explicaram que os planos de reconstrução, incluindo prédios altos, iriam “danificar irreversivelmente” o património do porto.

O estádio em questão, que vai servir o Everton, foi aprovado pelo Governo sem qualquer consulta pública e “é o exemplo mais recente de um grande projeto que é completamente contrário aos objetivos da UNESCO”, foi referido.

Steve Rotheram, presidente da Câmara de Liverpool, classificou a decisão de “passo retrógrado” dado por autoridades “do outro lado do Mundo.”

“Lugares como Liverpool não deviam ser confrontados com a escolha binária entre manter o estatuto de Património Mundial ou regenerar comunidades deixadas para trás. E a riqueza de empregos e oportunidades que vêm com isso”, acrescentou o autarca.

Também o Governo do Reino Unido, liderado por Boris Johnson, disse estar “extremamente dececionado” com a medida.

“Liverpool ainda merece ser Património Mundial dado o papel significativo que as docas históricas e a cidade em geral desempenharam ao longo da história”, disse um porta-voz governamental.

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