Sibéria está mergulhada num lençol de fumo (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)

A Sibéria vive há mais de uma semana um autêntico pesadelo. Conhecida pelas baixas temperaturas, aquela região russa está a braços com grandes incêndios que cobriram vastas áreas e cidades com denso fumo.

De acordo com Rosgidromet, instituto que monitoriza o clima na Rússia, cerca de 3,4 milhões de hectares arderam na Sibéria, incluindo áreas remotas de difícil acesso.

Uma das zonas mais atingidas foi Yakutia, a maior e mais fria região da Rússia, que este ano registou surpreendentes temperaturas altas e secas.

Os serviços meteorológicos russos revelaram que os fogos estão a piorar. E imagens de satélite da NASA mostraram que o fumo já atingiu o Polo Norte, a 3.000 quilómetros.

“Foi a primeira vez na História a que se assistiu a tal fenómeno”, sublinhou a NASA.

As autoridades atribuem a tragédia, que se tem repetido ano após ano, às mudanças climáticas e à falta de vigilância florestal.

Especialistas em clima das Nações Unidas publicaram um relatório que mostra inequivocamente que o aquecimento global está a contribuir mais rapidamente do que o temido para o surgimento deste tipo de grandes incêndios.

A Sibéria é um mau exemplo disso mesmo.

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