Milhares de pessoas foram surpreendidas por aviões a abastecer os tanques de água quando se divertiam tranquilamente na baía de Saint-Tropez: a francesa Côte d’Azur está em chamas.
Um incêndio de grandes proporções tem varrido as montanhas sobranceiras à região balnear mais famosa de França, nas margens do Mediterrâneo, tendo destruído já mais de 3500 hectares.
Metade da reserva natural da planície de Maures foi devastada, uma “catástrofe, porque é um dos últimos lugares onde vive a tartaruga de Hermann”, lamentou a diretora adjunta da Agência Francesa da Biodiversidade, Concha Agero.
A força do fogo obrigou a evacuar habitantes e turistas que acampavam nos arredores de Cavalaire e de Saint-Tropez, especialmente nas localidades de Grimaud e de La Mole. E as autoridades pediram à população para evitar usar as estradas da região, para não bloquear o acesso aos meios de combate
Grimaud tem um castelo muito concorrido pelos visitantes, que acabaram por desviar as atenções para o fumo que envolvia ontem as colinas.


Junto ao mar, a curiosidade ia mesmo para os Canadair que baixavam à baía de Saint-Tropez para encher os tanques, esgueirando-se entre veleiros e velas e margens repletas de banhistas estarrecidos.
O sul da França é o mais recente pasto das chamas que têm fustigado a bacia do Mediterrâneo neste verão louco, um fenómeno que os especialistas avisam dever tornar-se cada vez mais frequente por força das alterações climáticas.