Não será por acaso que Malta é um cenário recorrente no cinema. Desde sempre. A dois passos da Sicília italiana e a três da costa tunisina, o arquipélago é uma pérola de praias de águas idílicas, testemunhos da passagem de uma história milenar, um pôr de sol irrepetível e uma ilha que dá pelo nome de “Gozo”. E tem a sorte de ter um verão maior do que o nosso…
É essa a mensagem que o Turismo de Malta tem para captar portugueses neste final de estio, com um pormenor de monta: um voo direto Lisboa-Malta leva umas duas horas e anda nos 150 euros.
De praias de sonho…
E porque é de verão que falamos, comecemos pelas praias. Há para todos os gostos, da areia fina à praia rochosa, sempre com a garantia de serem, pouco frequentadas.
Na ilha de Malta, por exemplo, destacam-se Armier Bay, Little Armier e Gnejna Bay.
A curta distância, a ilha de Gozo é um paraíso do snorkeling, com recomendações como Wied il-Għasri, Hondoq ir-rummien ou Dwejra Bay. E entre malta e Gozo, Comino esconde a famosa Blue Lagoon.
…a trilhos imperdíveis…
Do mar saltemos para a Natureza e os trilhos que o arquipélago oferece. Comino, minúscula, pode perfeitamente ser toda explorada a pé.
Já Gozo tem uma rota circular que parte da aldeia de Fanal e passa por marcos paisagísticos como o farol de Gordan, importante para a defesa na Segunda Guerra Munidal, a entrada do mar em Wied il-Ghasri, as imponentes falésias e o arco Wied Il-Mielah.
A ilha maior, Malta, tem vários percursos pedestres, destacando-se a rota da costa sudeste, com quase 30 quilómetros que atravessam salinas e fortificações e desembocam na belíssima Marsaxlokk dos luzzu, os barcos garridos dos pescadores malteses que têm olhos pintados na proa.
… e, claro, História
A capital de Malta, Valeta, tem uma das zonas históricas mais concentradas do Mundo: os 320 monumentos apertados em 55 hectares valeram-lhe o título de Património Mundial da UNESCO em 1980.
Fundada em meados do séc. XVI, Valeta tem o seu percurso marcado pelo passado militar da Ordem de Malta – ou Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta – cujo soldados expulsos de Rodes ali se defenderam dos turcos.
Para lá de igrejas como a Co-Catedral de São João e dos dois portos naturais da península, Grão-Porto e Marsamxett, Valeta é famosa pelas suas varandas tradicionais, as galarijas, pelas suas ruas carregadas de passado pelos seus jardins.
Em frente, Birgu, a Vitoriosa, Senglea e Copiscua são “as Três Cidades” que completam a área mais marcadamente histórica. Menos visitada do que Valeta, Birgu cresceu em redor da fortaleza de Sant’Angelo, antigo bastião da Ordem de São João.
A curta distância de estrada atinge-se Rabat, vila árabe construída sobre ruínas romanas famosa pela Catacumbas de São Paulo. E, ali ao lado, Mdina, a antiga e medieval capital de Malta, cujo cognome faz sonhar: “a Cidade do Silêncio”.
Se imaginar tudo isto regado com os tons únicos do pôr de sol mediterrânicos, tem um destino quente e de portas abertas a duas horas de Portugal.
