Obra de Christo dá nova vida ao Arco do Triunfo (Thomas Samson / AFP)

Era conhecido pelo gigantismo das suas instalações, que passavam por embrulhar monumentos. Literalmente. E sonhava embrulhar o Arco de Triunfo desde que viveu em Paris, nos anos 1960. Não conseguiu.

O artista de origem búlgara Christo faleceu em maio do ano passado. O sobrinho, Vladimir Yavachev, deu agora continuação ao sonho de juventude de Christo e da sua esposa, Jeanne-Claude.

25 mil metros quadrados de tecido de polipropileno reciclado de cor azul prateado começaram a ser desdobrados no Arco do Triunfo, dando início à etapa final do “embrulhamento” do monumento aos heróis da guerra, com 50 metros de altura.

No final, 3000 metros de corda vermelha amarrarão o tecido, como se de um presente se tratasse.

Foto: Thomas Samson/ AFP

A inauguração está prevista para dia 18 de setembro.

A instalação tem o apoio do Centro de Monumentos Nacionais e pretende ser “como um objeto vivo que ganhará vida com o vento e refletirá a luz”, explicara o próprio Christo, quando apresentou o seu projeto final, dois anos antes da sua morte.

Com um custo de 14 milhões de euros, o projeto é totalmente autofinanciado com a venda de obras originais de Christo: desenhos preparatórios, lembranças, maquetes e litografias.

Thomas Samson / AFP

“O Arco do Triunfo não é um monumento como os outros. É o da harmonia nacional. É também um lugar de cultura. A obra de Christo tem a elegância e a humildade de ser efémera. Ao cabo de duas semanas, ela vai desaparecer”, revela Bruno Cordeau, administrador do Arco do Triunfo.

Christo já empacotara o Pont Neuf, sobre o Sena, em 1985.

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