Gorilas são a grande atração do Parque Nacional dos Vulcões (Foto: Simon Maina/AFP)

O Parque Nacional dos Vulcões, no Ruanda, é considerado um marco da conservação dos gorilas. O sucesso é tal que um problema agora se coloca: a falta de espaço para abrigar tantos animais.

Para tentar resolver a questão, as autoridades ruandesas planeiam alargar a área do parque em 23%.

Com centenas de gorilas residentes em liberdade, o enorme espaço, que também abrange territórios do Uganda e da RD Congo, ocupa a cordilheira Virunga e inclui oito vulcões no coração dos Grandes Lagos da África.

Juntamente com a Floresta Bwindi, no Uganda, é o único habitat mundial para gorilas das montanhas.

“No censo que fizemos em 2010, esses gorilas da montanha eram 880. Em 2015, fizemos outro censo que mostrou que temos 1.063”, descreve o guarda florestal Felicien Ntezimana à agência AFP.

Apesar desse renascimento, os gorilas da montanha, conhecidos pelo pêlo espesso e brilhante, continuam na lista de espécies em perigo da União Internacional para Conservação da Natureza.

Foto: Simon Maina/AFP

Décadas de caça furtiva fizeram com que sua população caísse para apenas 250 na cordilheira de Virunga, nos anos 1980.

Medidas de segurança mais fortes e esforços para conquistar os moradores locais ajudaram a mudar a sua sorte.

Os gorilas agora são vistos como a chave para o futuro financeiro da comunidade e uma forte atração turística no Ruanda.

Tanto assim é que perderam o medo de se aventurarem em áreas povoadas por humanos, mais longe do habitat predominante.

Cada gorila pode pesar até 200 quilos e é vulnerável a doenças humanas como gripe, pneumonia e ébola.

Partilhar