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Testar viajantes é pouco eficaz?

EPA/YONHAP

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Um estudo britânico concluiu que obrigar os passageiros a fazer testes para viajar não trava a importação de novas variantes de SARS-Cov-2, como a Ómicron.

E a razão é simples: as variantes entram muito antes de serem detetadas.

Ora, segundo os peritos, só aplicando medidas restritivas no dia em que a variante entra efetivamente num dado país é que haverá resultados. Mesmo assim, só deverá atrasar o pico de casos até oito dias, no máximo.

O estudo juntou duas consultoras do Serviço Nacional de Saúde britânico, a Edge Health e a Oxera, e foi financiado pela Airlines UK e pelo Manchester Airports Group (MAG).

Os peritos concluíram que a cada dia de atraso que passa em relação à introdução da nova variante, menos eficiente é a testagem. Ao sexto dia, o único resultado da testagem foi adiar o pico das infeções por 24 horas.

Ora, o Mundo fechou as fronteiras à África Austral depois da identificação da Ómicron na África do Sul e, como Portugal, muitos países passaram a exigir testes a qualquer passageiro internacional, independentemente do estatuto vacinal.

Isto apesar de rapidamente se ter concluído que a variante já circulava na Europa. No caso britânico, a Ómicron só foi detetada 16 dias depois de entrar no território.

Com base nos resultados, Charlie Cornish, CEO do MAG, defende que, “à medida que aprendemos a viver com a covid-19, é importante que as pessoas possam viajar livres do custo adicional e da incerteza gerados pela testagem”.