Foto: Shilomit Messica/Wiki Commons

Sol, história, cultura, mar de vários tipos, religiões também: Israel é tudo isto e está agora mais próximo de Portugal, com voos diretos de Lisboa com a TAP e com a companhia El Al.

A escolha nem é bem uma: aterrar em Israel é estar a meio caminho entre Telavive e Jerusalém, pelo que tanto se pode começar por uma como por outra das duas incríveis cidades.

Jerusalém a leste e toda a história do Mundo ali plasmada, Telavive a oeste e todas as lições sobre tolerância e multiculturalismo que demasiados ainda não aprenderam.

Israel é muito mais do que uma peregrinação, seja qual for a religião que se professe. Israel é a descoberta de um pedaço de chão tão diverso quanto apaixonante e que não se deve – não pode – ficar circunscrito ao nome de um Estado.

Foto: Menahem Kahana/AFP

Mas trata-se aqui de viajar, pelo que ficam de fora as considerações geopolíticas e político-históricas que tornam toda aquela região demasiado famosa. Certo dia, num daqueles muito práticos “walking tours” que nos dão a conhecer o que há numa cidade para depois a explorarmos sozinhos, a jovem guia, estudante universitária, terminava o passeio de duas horas (tão curto) pela Cidade Santa de lágrima no olhar atirado para os velhos telhados.

“Jerusalém é a prova de que cabemos todos no Mundo”, dizia, depois de termos visto o Islão, o Judaísmo e o Cristianismo sob várias perspetivas, no mais belo quilómetro quadrado de Planeta que nos foi dado sentir. Podia – devia – ser verdade. Subindo o Monte das Oliveiras, a visão, silenciosa, é a da paz em comunhão, com a cúpula dourada da cidade a brilhar ao sol.

Engolida a descoberta, do lado de lá da pista de aterragem há Telavive e a sua vívida vida movida, o passado de Jafa perfeitamente encaixado no colo da modernidade de uma beira-mar interminável e o Mediterrâneo mais quente de todos.

Costa acima, há cidades modernas e antigas e dos antepassados, a muçulmana Acre. Montes adentro há os passos atribuídos a Jesus Cristo, a Galileia e a incrível e ortodoxa Tzfat. Descendo para sul há o sal que nos faz flutuar no Mar Morto e olhá-lo das margens desérticas e há e os peixes que nos atiram para o Mar Vermelho. E, no meio de tudo isto, há a Palestina. E essa vale todos os desvios…

Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Tempo médio de voo
5h30 de Lisboa a Telavive, mais 25 ou 30 minutos no regresso.

Preços
A partir de 365 euros para um voo direto de Portugal com a El Al. E a partir de 249 euros ida e volta com a TAP.

Deslocar-se
Nas cidades, usar o metro e os autocarros em detrimento dos táxis, extraordinariamente caros. O comboio, para norte, e várias ligações de autocarro, para sul, são de qualidade excelente.

Visitar a Palestina
Levar uma boa dose de força para passar os checkpoints e viajar até Ramallah (e beber cerveja!), Belém (e espreitar o incrível The Walled Off Hotel do artista de rua britânico Banksy), Nazaré e, para um mergulho na alma palestiniana, Nablus.

Sobreviver ao calor
O deserto domina a maioria da paisagem e os golpes de calor são frequentes. Prever cobertura para a cabeça e muita água em qualquer passeio ao ar livre.

Ousar de bicicleta
Ver o Mar da Galileia de bicicleta, alugadas em qualquer esquina de Tiberias. É um passeio de 60 quilómetros que nos leva dos passos de Jesus Cristo ao rio Jordão passando por alguns kibutz dignos de visita e que deve terminar com um banho naquela água doce.

Como ir
A TAP retomou em fevereiro as ligações para Telavive a partir de Lisboa. A El Al tem voos diretos a partir de Lisboa. No destino, os transportes públicos são extremamente eficientes.

Onde comer
A vida em Israel não é barata. Mas as ruas estão cheias de boas surpresas médio-orientais a preços razoáveis. Com alguma disponibilidade financeira, não faltam restaurantes de qualidade.

O que visitar
Para lá de Jerusalém, Telavive e o Mar Morto, aconselhamos Tzfat, a cidade dos artistas onde a vida ortodoxa é das mais tradicionais; Acre, a vila muçulmana que é fortaleza à beira-mar; Tiberias, a cidade que honra o Mar da Galileia e nos põe ao lado de Cristo e do Jordão; e qualquer kibutz pode ser uma descoberta.

Esta rubrica conta com o apoio da ANA Aeroportos de Portugal.

 

 

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