Chipre era o principal destino de férias para russos e ucranianos (Foto: Pixabay)

Chipre, Ucrânia e Rússia podem parecer distantes no mapa mas têm bem mais a aproximá-los do que se imagina.

Ilha de praias douradas e sol quente, Chipre é um dos principais destinos de férias para turistas do Leste europeu, com russos e ucranianos à cabeça.

Com a escalada da guerra, teme-se um verão pouco otimista dado o previsível decréscimo brutal da procura durante o presente ano de 2022, que era visto como os empresários do setor como o da retoma pós-pandemia.

Os operadores turísticos estão preocupados com o que aí vem, sobretudo nos populares resorts de praia de Ayia Napa e Protaras, onde russos e ucranianos representam cerca de metade dos turistas.

Doros Takkas, líder da Associação de Hotéis de Famagusta, considera que o fecho do país à Rússia constituiu um grande golpe.

“Muitos dos hotéis da região trabalham exclusivamente com esses mercados específicos. Isso significa que cerca de 30% podem não conseguir abrir”, explicou Takkas.

Os russos compõem o segundo maior número de visitantes de Chipre, depois dos britânicos, contas feitas pela agência AFP.

Tal como a generalidade dos países europeus, o Parlamento de Nicósia condenou a invasão russa e juntou-se ao coro unânime de críticas contra a guerra. E também implementou sanções, como as restrições de voos de e para a Rússia.

O turismo contribuiu para 15% do PIB de Chipre, com 2,68 biliões de euros em 2019. E recupera lentamente de dois anos desastrosos provocados pela pandemia.

No ano passado, apesar das duras restrições de viagem, as chegadas provenientes da Rússia e da Ucrânia totalizaram cerca de 600 mil passageiros num total de 1,93 milhões.

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