A pandemia foi uma lição: consolidou nos madeirenses a noção do paraíso sustentável que têm. E querem oferecê-lo em todas as dimensões sensoriais. Mostram como na Bolsa de Turismo de Lisboa.
O imenso círculo que coroa o stand da Madeira na BTL, na FIL, abraça uma ilha vibrante.
Há jovens com camisolas de crochet coloridas e bonecos do bailarico da madeira nas costuras e há quatro esferas gordas, cobertas de elementos que são o retrato do arquipélago. Areia do Porto Santo, vegetação da laurissilva, rocha dos picos, água do Atlântico. Dentro delas é a imersão na paisagem, com pequenos vídeos, com som nos ouvidos e com aromas nas narinas. Cheira a floresta, a pedra dura das altitudes, a areia banhada por ondas calmas e a mar puro.
O stand, explica-nos o secretário Regional de Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira, Eduardo Jesus, “é um convite à experimentação, a sentir a Madeira”.
E a Madeira nova, a Madeira da imagem desenhada há um ano que desconstrói círculos em flores e formas, é “uma Madeira preparada para receber durante todo o ano, que tem experiências para diferentes gostos e diferentes habilidades, que está preparada para ser motivo de visita no âmbito cultural, desportivo, de lazer. Daí esta lógica sensorial”.
Tudo por ensinamento da pandemia. “Aproveitámos o período pandémico para fazer um reposicionamento do destino Madeira e isso envolveu várias frentes de ataque. A marca lançada em abril do ano passado já é uma expressão dessa nossa intenção. É uma comunicação que procura ser inclusiva, que procura um sentimento de pertença, mas ao mesmo tempo um dinamismo através do colorido e da forma, que não deixa ninguém indiferente”, explica Eduardo Jesus.
E a marca é isto: “Madeira, tão tua”. “Assenta assenta em quatro pilares: Um lugar onde me sinto bem; Um lugar onde me sinto entre amigos; Um lugar em que vivo como um local e Um lugar ao qual quero sempre voltar”, como se lê na descrição oficial.
A aposta no posicionamento da Madeira como um “destino seguro” – “Fomos o único destino turístico a certificar-se contra os riscos biológicos” – trouxe “alguma vantagem competitiva”. O caminho que se segue é o sustentabilidade do destino.
E neste caminho também que se insere a reforçada aposta na Madeira enquanto destino de turismo ativo com a marca Madeira Ocean Trails. Começou com os trilhos, está já nos mares.
Porque ser ativo não é só ser jovem, desmistifica o governante. Pode ter-se 80 anos e ser-se ativo. “Organizou-se toda a oferta no que diz respeito aos desportos, de mar e terra, e incluiu-se nesta marca”, que beneficia de uma plataforma que disponibiliza toda a informação sobre o que há para fazer onde e com que grau de dificuldade e de preparação exigida.
Toda esta imagem conta com os atores Cláudia Vieira e Lourenço Ortigão reeleitos embaixadores do destino.