Padrón, na Galiza, o destino final do Caminho Marítimo de Santiago (Foto: DR/Turismo da Galiza)

Uma nova rota fluvial vai ligar Vila Real de Santo António, no sotavento algarvio, a Padrón, na Galiza. Em maio chega o cruzeiro inaugural deste Caminho Marítimo de Santiago, apresentado na BTL.

O novo Caminho Marítimo de Santiago em Portugal irá ligar, ao longo da costa, o Algarve à Galiza, numa iniciativa apresentada na Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, que pretende recriar, ao longo da costa portuguesa e galega, a viagem da Barca de Pedra.

Reza a lenda que, no ano 40 do primeiro milénio, esta embarcação terá transportado o apóstolo Tiago São Tiago desde Jaffa, na Palestina, até Campus Stella (Santiago de Compostela), na Galiza.

Para alavancar o novo projeto, será feita uma viagem promocional e inaugural, que decorrerá ao longo de 17 dias, entre 28 de maio e 13 de junho.

O percurso arranca no sotavento algarvio, em Vila Real de Santo António, a primeira etapa, e termina em Padrón, na Galiza. Pelo meio, passa em localidades como Vilamoura, Lagos, Sines, Cascais, Peniche/Nazaré, Aveiro, Leixões, Viana do Castelo, Baiona e Vila Garcia de Arousa, somando 500 milhas náuticas.

Vila Real de Santo António é o ponto de partida do Caminho Marítimo de Santiago (Foto: Leonardo Negrão/Global Imagens)

O objetivo, como explicou Paulo Cavaleiro, da empresa Upstream Portugal, é atrair à costa portuguesa os muitos adeptos do turismo náutico em todo o mundo, usufruindo das estações náuticas já criadas no nosso país. Pode saber mais sobre este novo cruzeiro neste link.

A apresentação da iniciativa, no stand do Turismo do Centro da BTL, coincidiu com a certificação de mais quatro estações náuticas da Rota Nautical Portugal, e contou com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial.

“A marca Nautical Portugal representa muito valor para o território e é um instrumento de coesão. É com muito apreço que vejo esta rede de estações náuticas crescer também para o interior. É assim que valorizamos o que de melhor os nossos têm. Isto é coesão social e coesão territorial”, disse a ministra.

Sobre o Caminho Marítimo de Santiago, acrescentou ser “um exemplo de como podemos recuperar a História com modernidade”.

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