Ilha de Djerba é conhecida pelas suas diversas praias e casas caiadas (Foto: DR/DIscover Tunisia)

No pré-pandemia, o turismo português crescia todos os anos na Tunísia, chegando aos 40 mil visitantes em 2019. Com a retoma do turismo à porta, é hora de retomar “a boa relação” entre ambos. A ilha de Djerba é o destino favorito.

Os últimos números relativos à pré-pandemia dão conta que quase 40 mil portugueses visitaram a Tunísia de férias, um valor acima da média europeia. O território situado no norte africano, e limitado pelo Mar Mediterrâneo e o Deserto do Saara, tem mantido “uma boa relação” com o mercado português, explica Leila Tekaia, diretora do Turismo da Tunísia para Portugal.

“O mercado português tem demonstrado, há vários anos, que é capaz de manter uma taxa de crescimento, apesar das eventuais conjunturas, quer as nossas, quer as mundiais. O número de turistas cresceu de ano para ano, até à pandemia”, acrescenta a responsável, que marcou presença no stand do país na Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL. E elogiou ainda a atitude do povo português quando está de férias. “O português é um visitante, não é um turista. Tem aquele espírito de explorador. Toma as precauções necessárias, claro, mas vai e não tem medo”, adianta Leila.

Tunes, com estatuto de capital, atrai atenções naturalmente, mas Tekaia explica que há um destino, em particular, que é particularmente procurado pelo mercado do nosso país: a ilha de Djerba, junto à costa tunisina, muito conhecida pelas suas diversas praias e casas caiadas. “Djerba é o destino-estrela dos portugueses, adoram a ilha. Tem a vantagem de ter voos diretos. Em menos de três horas, estão numa ilha com essência berbere”.

Djerba fica a apenas três horas de voo direto de Portugal (Foto: Pixabay)

O recém-levantamento de restrições na Tunísia é uma das vantagens deste destino para 2022, sendo apenas necessário apresentar o certificado de vacinação ou recuperação na fronteira. Já as crianças a partir de seis anos, que ainda não tenham vacinação completa, podem apresentar apenas resultado negativo de um teste antigénio feito 24 horas antes. Mas há outras vantagens em viajar até este país.

“A proximidade é interessante, com voos diretos. A tradição da hospitalidade e o investimento na hotelaria. Mas também a diversidade de atividades. Em apenas 24 horas, podemos mergulhar na praia, jogar golfe, visitar as medinas classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO, apreciar património e monumentos históricos, chegar ao deserto e fazer um pôr-do-sol em cima de uma duna, no Saara”, explica Leila.

Este ano, a Tunísia espera recuperar já metade, “ou até mais”, dos visitantes portugueses que tinha pré-pandemia. E retomar o crescimento anual que tinha, até 2019.

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