A mais conhecida atração arqueológica do Peru é mal identificada desde há mais de cem anos. Machu Picchu, afinal, não se chama assim, mas sim Huayna Picchu.
A surpreendente conclusão encontra-se expressa numa investigação levada a cabo por um historiador peruano e um arqueólogo norte-americano.
O estudo, publicado no “Ñawpa Pacha: Journal of Andean Archaelogy” e citado pelo jornal britânico “The Guardian”, percebeu que a denominação de Machu Picchu jamais poderia ser atribuída ao local.
Donato Amado González e Brian S. Bauer analisaram com minúcia documentos com vários séculos, mapas e, sobretudo, todos os relatórios deixados por Hiram Bingham, que em 1911 foi o responsável por mostrar ao Mundo a maravilha que se julgava perdida.
Concluíram que antes de Bingham chegar ao local existiam referências muito anteriores a 1911 que falavam do que ficou na História como Machu Picchu como Huayana Picchu, ou apenas Picchu.
“Existe, inclusive, um relato impressionante do final do século XVI no qual os povos indígenas da região dão conta que ponderavam reocupar o local, que eles chamavam de Huayna Picchu”, escreveram González e Bauer.
O que terá, então, levado Hiram Bingham a batizar Machu Picchu como tal? Os estudiosos acreditam que tal tenha acontecido por ter sido mal informado por agricultores e outros habitantes das redondezas locais.
Resta agora perceber como as autoridades peruanas irão lidar com estes novos dados e se vão, ou não, alterar a designação de Machu Picchu. Ou melhor, Huayana Picchu.
Chame-se Machu Picchu ou Huayana Picchu, a verdade é que se trata de um dos tesouros antigos mais reconhecidos em todo o Mundo.
Cidadela inca, foi construída no século XV a 2.500 metros de altitude e depois abandonada por motivos considerados misteriosos após uma grande tempestade.