Em 2021, o número de dormidas de portugueses na Alemanha cresceu e já está quase a metade dos valores pré-pandemia. Este ano, o objetivo é promover não só as grandes urbes, mas também a diversidade das pequenas e médias cidades.
Já é “o primeiro destino cultural entre turistas europeus”, um feito alavancado por uma capital “onde há sempre qualquer coisa a acontecer”, mas a Alemanha quer reafirmar-se como território eclético no ano da tão esperada retoma do turismo.
“Para além das grandes cidades, queremos promover a diversidade das pequenas e médias cidades”, explica Ulrike Bohnet, diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha na apresentação da campanha promocional para 2022, assente em três palavras “German. Local. Travel.”
A boa notícia é que o crescimento do turismo português neste país já deu bons sinais de crescimento no ano passado. Em 2021, registaram-se mais de 223 mil dormidas, um aumento de 7,9% face ao ano anterior, e quase metade das dormidas pré-pandemia, 517 mil em 2019.
Ulrike Bohnet está confiante que o crescimento se mantenha, até porque já só é necessário apresentar prova de vacinação ou resultado de teste negativo à entrada. “A recuperação à séria dos números de 2019 só esperamos para 2024”, frisa a responsável.
E se Berlim é um chamariz óbvio de turistas, a verdade é que a capital alemã foi o segundo destino eleito pelos portugueses em 2021 neste país. A liderar as preferências está a região de Baviera, no sudeste, a fazer fronteira com a Áustria e República Checa e casa de cidades como Munique, mas também de castelos medievais e zonas montanhosas.
Em terceiro posto fica Hesse (Frankfurt e zonas vinícolas, por exemplo) e em quarto está Baden, que tem nas proximidades pontos de interesse como a Floresta Negra, zona montanhosa associada ao imaginário da obra dos irmãos Grimm, e o Lago de Constança.
Para 2022, o objetivo é promover áreas como a gastronomia tradicional, cervejeiras artesanais, viticultura, artesanato e manufaturas, arquiteturas singulares, cidades sustentáveis e férias na natureza, ou não se tratasse de um país que soma 16 parques nacionais e mais de uma centena de parques naturais.
Os mais de 51 lugares classificados como Património da UNESCO também ganham destaque extra este ano, como é o caso de Lübeck, cidade pitoresca no norte cujo centro histórico celebra 35 anos desde a distinção. Na cultura, há novas aberturas para espreitar, com a chegada dos recém-inaugurados MOMEM em Frankfurt (ligado à música eletrónica moderna) e o religioso Bibelmuseum em Nuremberga, mas também com a futura estreia do museu de fotografia Fotografiska em Berlim, no outono.
