Cruzeiros fazem parte do vasto rol de ofertas do grupo Viajes El Corte Inglés para o mercado português (Foto: Pixabay)

Foi das notícias que marcaram o ano de 2021 no turismo internacional. A Viajes El Corte Inglés e a Logitravel fundiram-se e criaram uma empresa única que juntou 500 agências com forte presença global e online.

Cerca de um ano volvido, Jorge Schoenenberger, CEO do novo gigante do setor, faz à Volta ao Mundo um balanço positivo. E revela dados surpreendentes. “A fusão afetou diretamente os bons resultados em termos de vendas, atingindo níveis pré-pandemia”, conta.

Portugal está no centro das atenções do grupo, com programas específicos que pretendem satisfazer as pretensões dos clientes no que à variedade de destinos e modos de viajar diz respeito.

“Temos uma posição muito boa entre a classe média alta e alta. A partir de Portugal, a aposta passa por cruzeiros, viagens longas e produtos que se possam adaptar a esse público”, assinala Jorge Schoenenberger. “O nosso objetivo é colocar a marca também no “top of mind” para Espanha, ilhas e destinos de proximidade cultural e de longa distância”, acrescenta.

Tudo isto numa altura em que o mercado ainda se procura readaptar a dois anos marcados pelos efeitos da pandemia, que quase paralisou o turismo a nível internacional.

“Mercado interno será fundamental em 2022”, aponta Jorge Schoenenberger, CEO da Viajes El Corte Inglés

Jorge Schoenenberger indica que o mercado atual está segmentado em partes bem clarificadas entre si. “Há os consumidores que têm um destino definido e sabem o que querem fazer e que estão a comprar as suas férias com antecedência, garantindo disponibilidade e preços mais interessantes. Por outro lado, há uma grande parte que ainda espera para ver como tudo se desenvolve; se os preços vão cair, se há aumentos de combustível, ofertas de última hora, etc”, frisa.

Uma coisa é certa: para a Viajes El Corte Inglés “o mercado interno será fundamental em 2022.” A empresa orienta-se pela satisfação de quem quer viajar este ano e na capacidade de oferta disponibilizada constantemente. “Temos uma rede instrumentada para saber onde chega a procura e a que horas”, descreve Jorge Schoenenberger.

Entre os nichos que mais cresceram recentemente, destaque para as viagens de negócios, que estão “num bom caminho de recuperação e com uma estratégia renovada.” Os progressos foram graduais e cada vez mais evidentes. “Inicialmente notámos uma melhoria ao nível das pequenas e médias empresas, que, pela natureza dos seus negócios, tiveram de manter as suas viagens nos momentos mais complicados da pandemia. Nos últimos meses também começamos a notar um aumento de viagens nas grandes empresas”, conta o responsável.

O turismo de negócios irá, assim, continuar a constituir-se como de importância relevante para a Viajes El Corte Inglés, que não vê sinais de abrandamento a curto prazo que possam impedir tal objetivo. “É um setor que parece ter arrancado em força, é o que dizem os números dos últimos meses e estudos realizados por vários consultores”, aponta Jorge Schoenenberger.

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