Catedral de Santiago de Compostela é um dos símbolos da Galiza (Foto: Pixabay)

Ficam a pouco mais de uma hora de estrada de distância, têm património invejável que merece visita demorada, caminhos de Santiago que as atravessam, gastronomia variada de fazer inveja às melhores escolas, paisagens que não diferem na beleza única, um aeroporto que serve ambas as regiões – o de Sá Carneiro, no Porto.

A Galiza e o Norte de Portugal querem passar a promover os dois destinos como se fossem um só.

A ideia foi reforçada durante um encontro que reuniu no Espaço WOW, em Vila Nova de Gaia, cerca de três dezenas de empresários galegos e portugueses tendo em vista o reforço de laços comuns e o reforço comum do turismo em ambos os lados da fronteira.

Soltaram-se ideias, estabeleceram-se objetivos e, sobretudo, definiu-se como certeza absoluta que a Galiza e o Norte de Portugal podem e devem ser mostrados aos outros como um território único com prometidas experiências inesquecíveis para quem os visitar.

“Mais de 50% do turismo internacional da Galiza é português”, lembra à Volta ao Mundo Cesáreo González Pardal, presidente do Cluster de Turismo da Galiza, Cesáreo González Pardal. Por isso, “há que reforçar laços e aumentar essa cifra, melhorando as sinergias e ir mais longe”, aponta.

Luís Pedro Martins, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, vai mais longe e pensa noutras fronteiras que ambos os países podem alcançar se trabalharem derem as mãos nesse sentido. “Há razões para lançarmos um cluster regional transfronteiriço de turismo onde juntemos empresas dos dois lados no sentido de realizarem ações de promoção noutros mercados”, prevê.

Entre esses mercados são, nomeadamente, os da América Latina e dos EUA, com milhões de futuros possíveis turistas à espera de oportunidade para conhecerem de perto a Galiza e o Norte. “Para um americano, a ideia de estar em dois países a pouco mais de sessenta minutos de distância é bastante atrativa”, lembra
Cesáreo González Pardal.

Para tal, a importância do Aeroporto Sá Carneiro deve ser relevada. “Serve cinco milhões de pessoas e é o melhor e maior da Eurorregião”, lembra Luís Pedro Martins. “E tem várias companhias privadas de aviação interessadas em aumentar os voos e rotas para o Porto”, destaca.

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