A Câmara de Veneza anunciou que a partir de janeiro do próximo ano será necessário reservar a entrada na cidade e pagar uma taxa obrigatória de estadia.
A reserva terá que ser efetuada com alguns meses de antecedência, através de um sistema online que será revelado nos próximos meses.
A taxa de entrada custará entre três e 10 euros.
“É um método complexo, que não ganhará aplausos imediatos ou consenso eleitoral, mas será um marco no modelo turístico do futuro”, entende Simone Venturini, vereador com o pelouro do turismo da cidade.
Veneza torna-se, desta forma, a primeira cidade do Mundo a adotar este sistema, que pretende controlar o turismo de massas.
Será estabelecido um número máximo de turistas que poderão entrar diariamente na Veneza.
Se esse limite for ultrapassado, os que chegarem entretanto terão de pagar mais.
Ficarão isentos da reserva e pagamento os visitantes que durmam na cidade, uma vez que já pagarão o imposto diário de pernoita nos seus hotéis (4,50 euros durante um máximo de cinco dias).
A isenção aplicar-se-á também aos residentes, trabalhadores em Veneza e nas suas ilhas menores, aos nascidos em Veneza, estudantes, proprietários, crianças com menos de seis anos, deficientes e seus acompanhantes ou aos que recorrem aos hospitais.
A procura turística em Veneza não tem parado de crescer. Em 2019, antes da pandemia, a cidade registou 5,5 milhões de visitantes e quase 13 milhões de dormidas, enquanto a população local do centro histórico continua a diminuir, para cerca de 50 mil habitantes.