Bremen (Francesco Carovillano)

Por que aterrar em Frankfurt, Hamburgo, Berlim ou Munique e não aproveitar para descobrir o que vibra à sua volta? A Alemanha propõe mostrar-se ao Mundo com um trunfo: uma boa rede ferroviária a preços normais, para um turismo mais sustentável.

Wiesbaden (Francesco Carovillano)
Wiesbaden (Francesco Carovillano)

Partimos da estação de Frankfurt: a menos de uma hora de viagem ergue-se uma das mais antigas estâncias termais da Europa. Chama-se Wiesbaden, tem água a 39 graus e uma fonte de onde se pode beber o puro líquido. E esconde a Kurhaus, um palácio cujas paredes já viram evoluir Sissi e já ouviram Stravinski e Wagner e um casino onde Fiodor Dostoiesvki se arruinou e encontrou tema para a sua obra “O Jogador”, obrigado a escrever em tempo recorde para sobreviver.

Bremen (Francesco Carovillano)
Bremen (Francesco Carovillano)

Da estação de Hamburgo sai outra linha imperdível. Numa hora larga passageiros no cais de Bremen e em mais meia dá entrada em Bremerhaven. Ora, a primeira é a cidade dos “Músicos de Bremen” dos Irmãos Grimm, das ruas de casas de enxaimel, da estátua de Rolando e do restaurante com a melhor coleção de vinhos alemães do Mundo. E Bremerhaven é o lar de um dos mais incríveis museus modernos da Europa: a Klimahaus, que oferece uma viagem pelos cinco continentes com experiências dos respetivos climas e do mal que lhes estamos a fazer.

Leipzig (Francesco Carovillano)

Seguimos no mapa ferroviário para a capital. E dali, num saltinho de 1h10, estamos em Leipzig: na sua Igreja de São Nicolau nasceu um movimento que se traduziu, a 9 de outubro de 1989, numa manifestação de 70 mil pessoas. O Muro de Berlim cairia um mês depois. Hoje, assinala-se a data com o Festival das Luzes, numa cidade toda ela virada para as orquestras e orgulhosa de ter sido palco da criatividade de Johann Sebbastian Bach.

Nuremberga (Francesco Carovillano)
Nuremberga (Andrea Hitzemann)

De Munique abala a composição com destino a Nuremberga e a uma das mais relevantes fortalezas alemãs, castelo do séc. XI onde se pode dormir. Sim, tem uma pousada de juventude nos antigos estábulos. Mas, e já que estamos de comboio, saiba que aqui se encontra o mais antigo museu ferroviário do Mundo e, porque tudo isso dá fome, são de Nuremberga umas salsichas típicas que medem rigorosamente oito centímetros e pesam 25 gramas e cuja recieta data de 1313.

Bona (Fotos: Francesco Carovillano)

Última estação: Bona. Com partida de Dusseldorf, a viagem é de uma curta hora para se chegar à terra por onde pensaram Karl Marx e Friedrich Nietzsche e onde nasceu Ludwig van Beethoven. A sua casa é um museu, claro, e há a Beethovenfest, de 25 de agosto a 17 de setembro.

E tudo isto está à distância de uma bilheteira da Deutsche Bahn, com preços a partir de 9 euros.

 

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