Foto: Angela Weiss/AFP

Em funcionamento desde o longínquo ano de 1800, as velhinhas carruagens puxadas por cavalos de Nova Iorque estão prestes a ser substituídas por… veículos elétricos.

Os passeios a cavalo pelo Central Park fazem parte da paisagem nova-iorquina, como os táxis amarelos e a Broadway.

Mas para muitos não estão de acordo com o espírito de uma cidade que se afirma como progressista em pleno século XXI.

“Manhattan é provavelmente o pior lugar do mundo para se ter um trabalho a cavalo, no trânsito, no barulho, com poluição, com calor terrível e condições terríveis”, criticou Robert Holden, membro da autarquia de Nova Iorque.

Holden apresentou um projeto de lei para substituir os animais por cavalos sem cavalos. e-carruagens até junho de 2024.

A proposta tem colhido o apoio de várias personalidades, como a supermodelo Bella Hadid, que apelidou os passeios turísticos de bárbaros.

Os opositores dizem que os cavalos vivem em condições precárias, muitas vezes estão desnutridos e desidratados e assustam-se com os automóveis.

“Eles são literalmente tratados como máquinas, e não são máquinas”, disse à agência AFP Edita Birnkrant, diretora executiva do grupo anticarruagens NYCLASS.

Ativistas dos direitos dos animais tentam há anos limitar a atividade das carruagens, que compreende 130 motoristas, os quais compartilham 68 licenças para cerca de 200 cavalos que vivem em estábulos na cidade.

Em agosto, tornou-se viral um vídeo filmado na 9ª Avenida que mostrou o colapso de um cavalo, enquanto um motorista gritava na sua direção.

Os operadores, porém, garantem, que os cavalos são bem cuidados, com os equídeos e os respetivos estábulos sujeitos a inspeções regulares.

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