São cada vez os mais os turistas que apostam nas cidades históricas do Iraque como ponto de visita.
Hatra, no norte do país, remonta aos séculos II e III AC e é um bom exemplo. Património Mundial da UNESCO, esteve nas mãos dos fundamentalistas do ISIS e acabou libertada, em 2017, e devolvida à liberdade possível.
Um museu privado de Mossul, inaugurado em junho, organiza agora visitas regulares com o objetivo de impulsionar o turismo em Hatra.
Importante centro religioso e comercial sob o império parta, a cidade possuía imponentes fortificações e magníficos templos, misturando estilos arquitetónicos gregos e romanos com elementos decorativos orientais.
Em 2015, o ISIS divulgou um vídeo que mostrava os seus militantes a destruírem várias peças históricas. Em fevereiro último, as autoridades iraquianas anunciaram o restauro de três importantes peças que se julgavam perdidas.
Mossul recuperou igualmente a normalidade e tem retomado aos poucos a atenção de visitantes, com programas que visam mostrar o património e a identidade da região.
“Mosul não é apenas guerra e terrorismo. É uma civilização, uma herança, uma cultura”, resume Beriar Bahaa al-Din, estudante de antropologia da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, que visitou o local. “Um local impressionante que merecia ser conhecido por pessoas de todo o Mundo”, considera.
O turismo religioso nas cidades sagradas xiitas de Karbala e Najaf também tem prosperado, principalmente com turistas provenientes do vizinho Irão.
No entanto, os desafios permanecem e a infraestrutura turística ainda é básica no Iraque, um país rico em petróleo mas devastado por décadas de combates, como lembra a agência AFP.