As ilhas do Faial, do Pico e de São Jorge vão acolher em breve centros de visitação aos achados arqueológicos subaquáticos existentes nas águas dos Açores.
A novidade foi avançada pelo Governo Regional açoriano e visa “trazer as imagens e o conhecimento para que, quem esteja em terra, possa também visitar o próprio sítio arqueológico”, segundo explicou a secretária da Educação e Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro.
Os Açores, lembrou a responsável, destacam-se, a nível internacional pelo seu património subaquático, que engloba cerca de um milhar de naufrágios.
No entanto, esses achados encontram-se, atualmente, disponíveis apenas a quem faz mergulho.
“Estamos a trabalhar de forma democratizar o acesso à cultura do património subaquático dos Açores, sobretudo para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem esses locais”, justificou Sofia Ribeira.
Pedro Parreira, coordenador do projeto “Margulhar” nos Açores, entende que o património arqueológico subaquático pode mesmo gerar um novo produto turístico, assim como novas fontes de receita para a economia regional.
“O objetivo é utilizar o potencial que temos na região como maior museu subaquático visitável no Mundo, com cerca de 1000 naufrágios. Para nos abrir novas portas e trazer novos caminhos para a nossa economia, explicou.
Os naufrágios dos Açores foram já premiados com algumas distinções internacionais, como a marca “Património Europeu” ou o prémio da UNESCO para melhores práticas sustentáveis.
Nos Açores, existem cinco parques arqueológicos subaquáticos e estão identificados 35 locais de visitação, que podem ser utilizados pelos turistas e pelas empresas da região que se dedicam ao turismo subaquático.