Se não tens cão, caça com gato: está declarada a guerra na captação de turistas no Golfo e o Dubai descobriu uma forma de atrair mais estrangeiros. Vai facilitar o acesso ao álcool.
O emirado eliminou a taxa suplementar de 30% que aplicava às vendas de álcool, numa aparente tentativa de atrair mais turistas e empresas estrangeiras quando cresce a competição regional com o Catar e a Arábia Saudita.
Além da taxa, tornou gratuita a licença individual obrigatória para comprar álcool nas lojas onde a venda é permitida.
A notícia foi avançada pelos distribuidores de bebidas do Dubai, onde as bebidas alcoólicas são das mais caras do Mundo (uma caneca de cerveja pode passar dos 15 euros).
“Comprar as vossas bebidas favoritas tornou-se mais fácil e mais barato”, escreveu o distribuidor MMI nas redes sociais.
O Dubai é o hub financeiro, comercial e turístico dos Emirados Árabes Unidos é assim pretende continuar, numa altura em que se assiste à progressiva abertura dos vizinho.
O país muçulmano é um dos maiores exportadores de petróleo e, na busca de diversificação da economia através da atração de outro tipo de investimento estrangeiro, tem vindo a aligeirar as proibições de consumo de álcool.
Ao contrário da Arábia Saudita, o Dubai permite o consumo em hotéis, bares, restaurantes licenciados e a venda em determinadas lojas, proibindo, contudo, o consumo em público.
Dos sete Emirados Árabes Unidos, apenas Sharjah, vizinho do Dubai, impõe uma interdição total ao álcool.
Ainda a dar os primeiros passos no turismo internacional, apenas permitido desde 2019, a Arábia Saudita tem apostado numa forte divulgação do país e atraído cada vez mais viajantes, movidos pela curiosidade em descobrir um destino fechado até há tão pouco tempo.
Do seu lado, o Catar investiu fortunas para ter o Mundial de futebol de 2022 no seu território, apresentando-se como um destino turístico de eleição.
Mas o Dubai continua a ser o destino eleito na região: de janeiro a novembro de 2022, acolheu mais de 12 milhões de visitantes internacionais.
