(Foto de Patrick Hertzog / AFP)

A Ilha de São Paulo é um território francês que só se pode ver de longe e esconde uma história tão trágica quanto a sua beleza.

(Foto de Patrick Hertzog / AFP)

É um dos lugares mais isolados do Mundo, albergando apenas estruturas para acomodar curtas campanhas de investigação científica e ecológica.

Pertença de França e de um dos cinco distritos das Terras Austrais e Antárticas Francesas (TAAF), esta minúscula ilha de cerca de cinco quilómetros tem, contudo, uma história pesada.

A França decidiu apostar na colonização de algumas destas ilhas remotas do Índico e uma sociedade de pesca tomou conta da Ilha de São Paulo para onde levou operários e onde montou uma unidade industrial.

No final da campanha anual, pediu a sete pessoas que ficassem para tomar conta da ilha no inverno. Prometeu abastecimentos que nunca chegaram.

Uma mulher ainda deu à luz a uma menina, mas ela não sobreviveria. Não havia alimento para lá de conservas estragadas.

O escorbuto tomou conta do grupo e levou rapidamente três deles. Outro fugiu.

Três sobreviveram. São os “esquecidos da Ilha de São Paulo”.

A Ilha da Desolação (Foto de Patrick Hertzog / AFP)

A pouco mais de mil quilómetros do vulcão, a Ilha da Desolação, ou Kerguelen, é outro território de administração francesa.

Mas esse sim, tem condições: o grupo permanente de 45 a 100 soldados, cientistas e engenheiros que ali estão têm à disposição uma quase-vila, com uma estação de investigação, uma estação de receção de satélite, dormitórios, um hospital, uma biblioteca, um ginásio, um bar e a capela de Notre-Dame des Vents (Nossa Senhora dos Ventos).

Ver estas ilhas só é possível em cruzeiros organizados pela sede das TAAF, mas só a partir do mar. O acesso a terra é interdito…

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