Foto: DR

À partida, são dois destinos que se opõem em tudo: uma ilha de 741 quilómetros quadrados, maioritariamente montanhosa e verdejante, e a cidade que nunca dorme e consegue ultrapassar a ilha portuguesa em área com os seus 778 quilómetros quadrados.

Pois bem, desde novembro, a Madeira e a cidade de Nova Iorque têm uma coisa a ligá-las: um voo direto semanal da SATA Azores Airlines.

A companhia aérea açoriana foi contratada para uma operação charter ligando o Aeroporto Cristiano Ronaldo ao Aeroporto Internacional John F. Kennedy, com preços concorrenciais com os dos voos com partida de Portugal Continental.

Somando um voo low-cost do continente à Madeira, a garantia é de uma viagem completa. Aos altos picos da Madeira, cobertos de floresta laurissilva e circundados por uma rede de milhares de quilómetros de levadas com centenas de anos, opõe-se a floresta urbana de uma das cidades com mais arranha-céus do Mundo, também ela circundada de água, mas na forma do rio Hudson.

Madeira é um paraíso com imenso para explorar (Foto: DR)

Do clima subtropical da ilha chega-se ao clima temperado da Big Apple, das bancas coloridas do Mercado dos Lavradores, no Funchal, voa-se para os exuberantes centros comerciais de Manhattan, do inverno ameno da pérola do Atlântico entra-se no frio muitas vezes nevado de ruas aquecidas pelas saídas de fumarolas do metro de Nova Iorque, do bolo do caco e das lapas grelhadas com manteiga de alho sorvidas a olhar o mar passa-se para a quinta cidade com maior concentração de restaurantes com estrela Michelin do Mundo.

E, chegados ao destino, é todo um Mundo mágico para descobrir, com passagem obrigatória pelo incontornável Empire State Building e pela vista que se tem dele desde o novíssimo One Vanderbilt, ou pelo One World Trade Center que, do alto dos seus 541 metros, se ergueu sobre as cinzas do dramático atentado de 11 de setembro de 2011.

Nova Iorque é a cidade dos museus (do Guggenheim ao MoMA – Museum of Modern Art, passando pelo Met – Metropolitan Museum of Art ou pelo famoso American Museum of Natural History ou ainda pelo incrível Morgan Library & Museum), é a cidade da vida constante, é a cidade de Times Square e da vizinha Broadway, do Soho e das suas casas com escadas metálicas exteriores, é a cidade da corrida engravatada de todos os dias e da liberdade de se ser quem se é. E se for regada com vinho da Madeira, tanto melhor…

Museu Guggenheim é uma das atrações de Nova Iorque (Foto: DR)

Tempo médio de voo
7h50m (Funchal–Nova Iorque)
6h15m (Nova Iorque–Funchal)

Valores das viagens
Os preços dos voos arrancam nos 308 euros para cada lado.

Datas e horários
Até ao dia 23 de março, a SATA Azores Airlines tem voos diretos do Funchal para Nova Iorque todas as sextas-feiras às 17h05. A partir de 27 de março, os voos realizam-se às terças-feiras, às 16h.

Os voos em sentido contrário acontecem às 22h20 de quinta-feira até 23 de março, aterrando às 8h35 de sexta-feira. De 27 de março a 23 de outubro, o voo sai de Nova Iorque às 21h55 de segunda-feira, chegando ao Funchal às nove
da manhã do dia seguinte.

CONSELHOS ÚTEIS

A não perder na Madeira
Percorrer pelo menos uma levada permite perceber como se fez da ilha um território fértil em toda a sua extensão, encaminhando água da zona húmida para as áreas secas. E caminhar até à ponta de São Lourenço (seis quilómetros para cada lado) oferece uma vista surpreendente sobre a Madeira e, em dias bons, sobre as Desertas e o Porto Santo. Provar pratos típicos, como a espetada em pau de loureiro, o milho frito, o bolo do caco ou diversos tipos de peixe e ousar experimentar pelo menos um gole de poncha. O Vinho da Madeira também é muito especial.

A descobrir em Nova Iorque
Tudo o que couber numa semana, o mínimo que a ligação da SATA proporciona. Escolher alguns museus, guardar umas horas para caminhar ou correr em Central Park e um tempo para percorrer o High Lane, o parque linear de 2,33 km em que se transformou um antigo viaduto da New York Central Railroad na zona ocidental de Manhattan, inaugurado em 1933 para tirar os comboios do nível da rua. Numa das pontas, Hudson Yards é o novo quarteirão, onde se erguem prodígios da arquitetura como o Shed e o Vessel. Com tempo, dar um salto (de teleférico) à ilha Roosevelt e aí apanhar um ferry para passar sob a ponte de Brooklyn é uma experiência diferente.

Esta rubrica conta com o apoio da ANA Aeroportos de Portugal

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