“Nunca na nossa história dececionámos tantos viajantes e companhias aéreas.”
O lamento saiu assim, sentido, da voz de Ruud Sondag, CEO do Royal Schiphol Group, grupo que gere o Aeroporto de Schiphol, em Amesterdão (Países Baixos), um dos maiores do Mundo.
Sondag referia-se aos resultados e ao balanço da atividade do ano de 2022, durante o qual o aeroporto sofreu graves prejuízos financeiros devido a uma onda de problemas que implicou o cancelamento ou adiamento de centenas de viagens, além de perdas de bagagem muito acima da média.
Os problemas aconteceram, sobretudo, devido à escassez de pessoal, que motivou filas enormes e protestos bem audíveis.
O aeroporto de Schiphol sentiu de perto as dificuldades da retoma da procura de viagens no pós-pandemia, depois do regresso à normalidade do movimento aéreo.
Um número elevado de despedimentos durante a pandemia levou à falta de trabalhadores considerados essenciais, especialmente na triagem de segurança, e originou perdas incalculáveis.
Os prejuízos financeiros foram, também eles, acima do normal, com a administração do aeroporto a admitir perdas na ordem dos 77 milhões de euros.
“O ano de 2022 ficará nos livros como um capítulo negativo de Schiphol, que não esqueceremos até para tornar o futuro muito melhor”, assinalou Ruud Sondag.
Cerca de 52,5 milhões de passageiros passaram pelos portões de Schiphol no ano passado, em comparação com 25,5 milhões em 2021.