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A companhia low-cost islandesa Play retoma este mês de abril as ligações diretas até à Islândia. Haverá dois voos semanais de Lisboa e outros dois do Porto.

A Islândia é um paraíso. Pelas paisagens intocadas, por tudo o que nela se pode ver e fazer, por ter até um conhecido local para ir a banhos ao ar livre com temperaturas negativas fora de água, o maior glaciar da Europa, algumas das maiores quedas de água também, géiseres que parecem conversar connosco e uma forma de estar na vida que não deixa ninguém indiferente e atira o país quase invariavelmente para o top 3 dos países com mais elevado índice de desenvolvimento humano, segundo as Nações Unidas.

E isso pode muito bem passar, simplesmente, por organizar festas de tosquia das ovelhas, tricotar a lã em camisolas únicas que ninguém tem problemas em usar porque o frio é que dita a moda, ou organizar concertos junto à carcaça do DC da Força Aérea dos EUA caído em 1973 porque o piloto se enganou no depósito de combustível e até hoje está a adornar a praia negra de Sólheimasandur, no sul do país.

Ou entre os bonecos naif a replicar o Pátio dos Leões de Alhambra, esculpidos pelo camponês-artista Samuel Jonsson em Selardalur, esse lugar recôndito e mágico dos fiordes ocidentais onde uma casa parece um bolo de noiva e uma igreja tem um livro de visitas e onde se chega apenas no verão.

O extraordinário caso de sucesso da Islândia como destino turístico está de volta a Portugal, através de voos diretos de Lisboa e do Porto com a low-cost islandesa Play, de abril a outubro.

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E o verão é Selardalur (porque é longe de tudo e demora a lá chegar) e é fazer trekking nos glaciares também (porque os dias são tão grandes que não cabe noite neles e isso dá tempo para ir devagar, ver e, sobretudo, sentir).

O verão é empreender o magnífico trilho de Laugavegur, no sul da ilha. O verão é sentar-se no cais de Seydisfjordur, a leste, e ver a luz do dia firme no ocaso, e desenrolar na memória a vida secreta de Walter Mitty.

O verão é imaginar a Banda de Isafjördur a acompanhar Sigur Rós por ruas de luz suave no país dos rostos rosados. Nota-se que temos paixão pela Islândia?

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A PARTIR DE LISBOA
A Play Airlines retomou as ligações diretas entre Lisboa e a capital islandesa em 31 de março e mantém–nas até 27 de outubro. Estão previstos dois voos semanais.

A PARTIR DO PORTO
As ligações diretas Porto-Reiquiavique a cargo da Play Airlines arrancam a 6 de abril e prolongam-se até 22 de outubro, com dois voos semanais.

TEMPO MÉDIO DE VOO
Entre 4h25 e 4h30 de Lisboa e entre 4h00 e 4h05 do Porto.

PREÇOS DAS VIAGENS
Dependendo das datas, é possível conseguir voos a partir de 62 euros para cada lado, na versão “basic”. De notar que os voos de verão e em setembro e outubro, altura em que começam as auroras, são mais caros.

SUGESTÕES

Reiquiavique
É uma cidade que pede calma para ser sentida. Tem uma noite vibrante e uma paz única. Pode, por exemplo, caminhar até à porta de casa do presidente do país, passando por uma capela e um cemitério virado ao mar.

Arredores
Muitas das famosas atrações da Islândia ficam a curta distância da capital. Entre elas, a famosa Lagoa Azul, estância geotermal a 20 km do Aeroporto Internacional de Keflavik, na península de Reeykjanes. A água de um azul leitoso resulta da concentração de sílica e está acima dos 37 graus. O Grande Geyser do Vale de Haukadalur, que explode até aos 70 metros, fica a 100 km de Reiquiavique.
A cascata de Skogafoss, a 155 km, está a duas horas da cidade.

O Golden Circle
É um percurso de 250 km no sudoeste da ilha que demoraria 3h15 a fazer de carro se não se parasse. Parte de Reiquiavique e atravessa o Parque Nacional de Tingvellir, passando nos géiseres e na cascata Gullfoss.

Mobilidade
Alugar carro é, sem dúvida, a melhor opção para conhecer os fiordes, que exigem muito tempo. Se for radical, aventura-se ilha dentro de bicicleta ou a pé.

Esta rubrica conta com o apoio da ANA Aeroportos de Portugal

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