Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

Fukushima ficou na História como o local onde se deu o maior desastre numa central nuclear no Japão, a 11 de março de 2011, na sequência de um violento sismo. Doze anos depois, a região é agora uma das principais estâncias de neve do país.

Os resorts multiplicaram-se e atraem milhares de pessoas todos os anos, sobretudo japoneses. O objetivo dos responsáveis locais é captar cada vez mais visitantes estrangeiros.

A uma hora e meia de comboio rápido desde Tóquio, Fukushima ainda fica atrás de outras congéneres de neve com mais afluência, como as de Kyoto, Nagano, Niseko ou Hokkaido.

Após a tragédia de há 12 anos, muitos empresários abandonaram os seus negócios. Aos poucos, porém, começam a regressar, assim como os turistas.

Também a pequena linha ferroviária de Fukushima foi remodelada e reativada, trazendo nacionais e estrangeiros.

O percurso é famoso pelas paisagens inesquecíveis que atravessa, com as composições a cruzarem um curioso desfiladeiro até chegarem ao destino.

Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

A operadora JR East chegou a pensar desativar a linha definitivamente, mas inverteu a ideia a apostou na sua requalificação.

Em outubro do ano passado, a linha foi reaberta e o sucesso tem superado as expectativas.

“Os vagões enchem-se de passageiros, mesmo durante a semana”, disse à agência AFP Tetsuya Sato, da Associação de Turismo de Yanaizu. “Nunca esperámos que tal pudesse suceder”, admitiu.

Apesar da violência das consequências provocadas pelo sismo de 2011 e dos estragos na unidade nuclear, a zona de montanha de Fukushima não foi particularmente afetada. Apenas 2,4% da área permanece dentro dos limites considerados perigosos para a saúde pública.

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